São Paulo, domingo, 03 de fevereiro de 2002

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BASQUETE

Instituto de ensino superior mantém equipes em Uberlândia, Belo Horizonte e Anápolis no torneio masculino

Universidade crava recorde ao bancar 3 equipes no Nacional

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A volta do Nacional masculino à TV aberta trará boa exposição principalmente a um patrocinador da modalidade: o Grupo Universo (Universidade Salgado de Oliveira). A instituição de ensino, que conta com oito unidades no país, mantém três equipes na competição: Unit/Uberlândia, Universo-Ajax e Universo-Minas.
O primeiro time, que conta com o armador Valtinho, o ala Márcio e o pivô Vargas, é considerado um dos favoritos ao título. Já o Universo-Ajax, de Goiânia, e o Universo-Minas, de Belo Horizonte, têm elenco para, ao menos, se classificar para os mata-matas.
O Vasco contou com duas equipes no Nacional de 2000, uma no Rio e outra em Barueri. Mas três times vinculados à mesma instituição é um fato inédito, um recorde, na história do torneio.
"Nossa intenção não era montar uma seleção para ganharmos todos os títulos. Queremos agregar o esporte à nossa marca nas cidades em que atuamos", contou Wellington Salgado de Oliveira, presidente do Grupo Universo.
"Fui eleito pelos meus pais e por meus irmãos", brincou o empresário, que jogou basquete até 1990 -atuou no Vasco e no Botafogo.
Para a estréia da Unit (Universidade Tiradentes) no torneio, Oliveira pagou a viagem do pagodeiro Alexandre Pires, que cantou o Hino Nacional na abertura do jogo entre o time de Uberlândia e o Fluminense, no último domingo.
"Ele é a cara de Uberlândia e cantou o hino de forma emocionante", contou Oliveira, que também ganhou preciosos minutos de transmissão na Bandeirantes graças à atração extra. "Fiquei duas horas na TV", comemorou.
Cada equipe é bancada pelas unidades locais do grupo, daí o desnível entre elas. "Temos verba da unidade de Goiânia. Uberlândia, que tem mais tradição, conta com verba maior", contou Álvaro Alexandre da Silva, diretor de basquete do Universo-Ajax, que manda seus jogos em Anápolis (a 57 km da capital goiana), já que Goiânia não conta com nenhum ginásio disponível no momento.
"Depois do Nacional decidiremos se continuamos em Anápolis ou se voltamos para Goiânia", disse Silva, de olho em uma ajuda maior de uma das prefeituras.
Primo rico dos três, a Unit/Uberlândia não divulga os gastos com seu time, um dos mais caros do país. A Folha apurou, porém, que as despesas mensais da equipe chegam a quase R$ 200 mil. "A Unit tem boa estrutura e joga na liga há quatro anos. Está na hora de ganhar o título", disse Fernando Larralde, supervisor da equipe.
Os dois outros times contam com menos recursos, sendo que o Universo-Minas é patrocinado pelo grupo, mas sua diretoria é autônoma da universidade.
"Como não temos unidade em Belo Horizonte, desloquei uma verba do marketing do Rio para o time de lá", contou Oliveira, já de olho em uma expansão na cidade.
A ajuda veio em boa hora. Por ser a única equipe convidada para disputar o Nacional, o Universo-Minas teve uma despesa adicional: terá que pagar os gastos dos adversários quando estes forem jogar em Belo Horizonte.
"O patrocínio do Grupo Universo possibilitou que pudéssemos contar com um elenco melhor, com Fred, Michel, Gastão e Tiagão", disse Alexandre Cunha, diretor de basquete do Minas.


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