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BASQUETE
Instituto de ensino superior mantém equipes em Uberlândia, Belo Horizonte e Anápolis no torneio masculino
Universidade crava recorde ao bancar 3 equipes no Nacional
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A volta do Nacional masculino à
TV aberta trará boa exposição
principalmente a um patrocinador da modalidade: o Grupo Universo (Universidade Salgado de
Oliveira). A instituição de ensino,
que conta com oito unidades no
país, mantém três equipes na
competição: Unit/Uberlândia,
Universo-Ajax e Universo-Minas.
O primeiro time, que conta com
o armador Valtinho, o ala Márcio
e o pivô Vargas, é considerado um
dos favoritos ao título. Já o Universo-Ajax, de Goiânia, e o Universo-Minas, de Belo Horizonte,
têm elenco para, ao menos, se
classificar para os mata-matas.
O Vasco contou com duas equipes no Nacional de 2000, uma no
Rio e outra em Barueri. Mas três
times vinculados à mesma instituição é um fato inédito, um recorde, na história do torneio.
"Nossa intenção não era montar uma seleção para ganharmos
todos os títulos. Queremos agregar o esporte à nossa marca nas
cidades em que atuamos", contou
Wellington Salgado de Oliveira,
presidente do Grupo Universo.
"Fui eleito pelos meus pais e por
meus irmãos", brincou o empresário, que jogou basquete até 1990
-atuou no Vasco e no Botafogo.
Para a estréia da Unit (Universidade Tiradentes) no torneio, Oliveira pagou a viagem do pagodeiro Alexandre Pires, que cantou o
Hino Nacional na abertura do jogo entre o time de Uberlândia e o
Fluminense, no último domingo.
"Ele é a cara de Uberlândia e
cantou o hino de forma emocionante", contou Oliveira, que também ganhou preciosos minutos
de transmissão na Bandeirantes
graças à atração extra. "Fiquei
duas horas na TV", comemorou.
Cada equipe é bancada pelas
unidades locais do grupo, daí o
desnível entre elas. "Temos verba
da unidade de Goiânia. Uberlândia, que tem mais tradição, conta
com verba maior", contou Álvaro
Alexandre da Silva, diretor de
basquete do Universo-Ajax, que
manda seus jogos em Anápolis (a
57 km da capital goiana), já que
Goiânia não conta com nenhum
ginásio disponível no momento.
"Depois do Nacional decidiremos se continuamos em Anápolis
ou se voltamos para Goiânia",
disse Silva, de olho em uma ajuda
maior de uma das prefeituras.
Primo rico dos três, a Unit/Uberlândia não divulga os gastos
com seu time, um dos mais caros
do país. A Folha apurou, porém,
que as despesas mensais da equipe chegam a quase R$ 200 mil. "A
Unit tem boa estrutura e joga na
liga há quatro anos. Está na hora
de ganhar o título", disse Fernando Larralde, supervisor da equipe.
Os dois outros times contam
com menos recursos, sendo que o
Universo-Minas é patrocinado
pelo grupo, mas sua diretoria é
autônoma da universidade.
"Como não temos unidade em
Belo Horizonte, desloquei uma
verba do marketing do Rio para o
time de lá", contou Oliveira, já de
olho em uma expansão na cidade.
A ajuda veio em boa hora. Por
ser a única equipe convidada para
disputar o Nacional, o Universo-Minas teve uma despesa adicional: terá que pagar os gastos dos
adversários quando estes forem
jogar em Belo Horizonte.
"O patrocínio do Grupo Universo possibilitou que pudéssemos contar com um elenco melhor, com Fred, Michel, Gastão e
Tiagão", disse Alexandre Cunha,
diretor de basquete do Minas.
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