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São Paulo, segunda-feira, 03 de fevereiro de 2003

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Kaká vira artilheiro, e São Paulo vence a 2ª

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A LIMEIRA

Ele surgiu como galã. Com o tempo, mostrou serviço, virou o craque do seu time e nome certo na seleção. Agora, é a vez de Kaká transformar-se em artilheiro.
Na vitória do São Paulo sobre a Inter por 3 a 0, em Limeira, o meia, além de duas assistências precisas, marcou um golaço e confirmou a vocação artilheira que mostra na temporada.
Contando sua participação no Torneio do Qatar com a seleção brasileira sub-23, Kaká já marcou oito vezes no ano em apenas sete jogos, o que significa a ótima média de 1,14 por partida. Pelo Paulista, em apenas dois jogos, foram quatro gols, marca que o coloca como principal goleador da sua equipe e também do certame.
No Brasileiro do ano passado, foram apenas nove gols em 22 jogos, o que dá a modesta média, para o padrão atual, de 0,41 gol por confronto disputado.
"É muito bom fazer gol", comemora Kaká, que diz não ter mudado sua forma de atuar. "O que está acontecendo é que estou atingindo a regularidade que sempre gostaria de ter", afirma o jogador, que foi notícia ontem em Limeira dentro e fora de campo.
Primeiro, aos 18min, deu um passe preciso para o atacante Kléber abrir o placar e marcar seu primeiro gol como profissional.
Depois, já no segundo tempo, quando o São Paulo tinha um homem a menos mas dominava o fraco time de Limeira, Kaká, aos 15min, fez o gol mais bonito da partida, disputada sob forte calor e num péssimo gramado.
"Dei um biquinho, me livrei do zagueiro e chutei bem", disse o jogador para descrever seu gol.
Já perto do final, Kaká ainda encontrou espaço para lançar Gustavo Nery, que tocou na saída do goleiro e fechou o placar.
Depois do jogo, foi a vez de falar de negócios. O jogador e a diretoria continuam a admitir a possibilidade de uma transferência para o exterior, mas esperam que isso ainda demore um pouco.
"Quero sair do São Paulo com um título especial. Quero colocar meu nome com mais destaque na história do clube", afirmou o jogador do clube do Morumbi.
"O Kaká é a última coisa que gostaríamos de nos desfazer para solucionar os problemas", diz Carlos Augusto de Barros e Silva, diretor de futebol do São Paulo, que no entanto diz nada poder fazer se um clube pagar os U$ 20 milhões da multa rescisória do maior astro da sua equipe.
Outra polêmica envolvendo Kaká acontece com a seleção. O São Paulo não esconde que não deseja a convocação do jogador para o amistoso do Brasil com a China na próxima semana. Amanhã, Carlos Alberto Parreira anuncia o nome de três jogadores que atuam no país para o amistoso.



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