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BOXE
Governo nega conversa de Lula com cubano desertor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Assessores do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva negaram ontem que tenha
ocorrido qualquer contato
entre ele e o pugilista cubano
Erislandy Lara. Refugiado
em Miami, o ex-campeão
mundial amador disse à TV
Globo que, quando tentou
desertar durante o Pan do
Rio, em 2007, falou com o
presidente sobre o caso.
"Ele me tratou bem, perguntou se eu queria ficar no
Brasil. Disse não", disse Lara.
Porém o Planalto afirmou
que a conversa não ocorreu.
Para o Ministério da Justiça,
o atleta provavelmente quis
se referir ao governo quando
citou o presidente.
A assessoria do ministro
Tarso Genro também negou
que tenha ocorrido contato
de Lula com Lara, mas afirmou que o presidente estava
ciente do caso e sabia que seria oferecido refúgio aos pugilistas -Lara e o também
cubano Guillermo Rigondeaux abandonaram a Vila
do Pan e acabaram deportados pelo governo brasileiro.
Os dois ficaram duas semanas escondidos no Rio. Ao
serem encontrados, foram
presos e deportados. Na entrevista, Lara afirmou que
ele e Rigondeaux voltaram a
Cuba por vontade própria.
Nos depoimentos que os
pugilistas prestaram à Polícia Federal de Niterói (RJ)
em agosto de 2007 foi oferecida possibilidade de refúgio,
mas eles negaram a oferta.
"Foi oferecido ao depoente
se desejava solicitar refúgio,
o que foi negado, pois o depoente diz amar o seu país,
seus familiares, não ter problemas políticos ou religiosos, bem como são personalidades em Cuba", diz depoimento de Lara e Rigondeaux.
Na época do Pan do Rio,
outros três cubanos, Rafael
Capote (handebol), Raynel
Lamenas Ramirez (ginástica) e Michel Garcia (ciclista),
também abandonaram a delegação de seu país, mas pediram para permanecer no
Brasil e receberam a concessão do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados).
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