São Paulo, terça-feira, 03 de março de 2009

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BOXE

Governo nega conversa de Lula com cubano desertor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva negaram ontem que tenha ocorrido qualquer contato entre ele e o pugilista cubano Erislandy Lara. Refugiado em Miami, o ex-campeão mundial amador disse à TV Globo que, quando tentou desertar durante o Pan do Rio, em 2007, falou com o presidente sobre o caso.
"Ele me tratou bem, perguntou se eu queria ficar no Brasil. Disse não", disse Lara.
Porém o Planalto afirmou que a conversa não ocorreu. Para o Ministério da Justiça, o atleta provavelmente quis se referir ao governo quando citou o presidente.
A assessoria do ministro Tarso Genro também negou que tenha ocorrido contato de Lula com Lara, mas afirmou que o presidente estava ciente do caso e sabia que seria oferecido refúgio aos pugilistas -Lara e o também cubano Guillermo Rigondeaux abandonaram a Vila do Pan e acabaram deportados pelo governo brasileiro.
Os dois ficaram duas semanas escondidos no Rio. Ao serem encontrados, foram presos e deportados. Na entrevista, Lara afirmou que ele e Rigondeaux voltaram a Cuba por vontade própria.
Nos depoimentos que os pugilistas prestaram à Polícia Federal de Niterói (RJ) em agosto de 2007 foi oferecida possibilidade de refúgio, mas eles negaram a oferta.
"Foi oferecido ao depoente se desejava solicitar refúgio, o que foi negado, pois o depoente diz amar o seu país, seus familiares, não ter problemas políticos ou religiosos, bem como são personalidades em Cuba", diz depoimento de Lara e Rigondeaux.
Na época do Pan do Rio, outros três cubanos, Rafael Capote (handebol), Raynel Lamenas Ramirez (ginástica) e Michel Garcia (ciclista), também abandonaram a delegação de seu país, mas pediram para permanecer no Brasil e receberam a concessão do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados).


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