São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2011 |
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JUCA KFOURI Gobbi no Timão
MÁRIO GOBBI, vice-presidente de futebol do Corinthians desde o começo da atual gestão até fins do ano passado, será indicado publicamente por Andres Sanchez para sucedê-lo na presidência do alvinegro tão logo passe a folia do Carnaval. Seu vice-presidente será o atual diretor de marketing, Luis Paulo Rosenberg, que, a princípio, Gobbi queria como candidato em seu lugar, mas ele não aceitou. O anúncio do nome do advogado e delegado de polícia descontentará alguns dos principais aliados do atual presidente, a chamada "turma do apelido", gente como André Negão e Mané da Carne. Até mesmo alguns dos diretores que hoje estão à frente do futebol engolirão a decisão em seco. Gobbi planeja passar o primeiro ano de seu mandato, já em 2012, com dedicação exclusiva ao clube. Para tanto, deverá gozar de todas as licenças-prêmio acumuladas a que tem direito como funcionário público. E promete exercer o comando da nau corintiana de maneira descentralizada, segundo o velho princípio do cada macaco no seu galho. O ex-capitão corintiano William, que ontem deixou o departamento de futebol mosqueteiro por divergências com seus superiores, já está avisado de que Gobbi conta com ele tão logo ganhe, se ganhar, a eleição, que promete ser concorrida, porque parece inevitável uma divisão nas forças que compõem a situação -além da concorrência da oposição, provavelmente também dividida entre Paulo Garcia e Osmar Stábile. Gobbi acredita que Sanchez deixará uma herança bendita, com o maior faturamento dos clubes brasileiros (algo em torno de R$ 170 milhões por ano) e com a dívida na casa dos, no máximo, administráveis R$ 90 milhões. E promete uma gestão menos personalista, respeitosa com os jogadores, mas sem maiores intimidades, estilo bem diferente do de Sanchez. Se a Libertadores permanecerá sendo o diamante em cima da montanha, a construção do Fielzão será o maior desafio de sua gestão, embora a tarefa continue delegada inteiramente a Rosenberg, que cuidará de todo o dinheiro do clube. Gobbi não esconde que aprendeu a idolatrar alguns de seus subordinados nos três anos em que comandou o futebol corintiano: Mano Menezes é o maior deles, mas o volante Cristian também ocupa lugar de destaque. O que talvez revele um estilo e um espírito. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Despedida de Ronaldo será contra Romênia Próximo Texto: Crédito para Natal está ameaçado Índice | Comunicar Erros |
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