São Paulo, segunda-feira, 03 de abril de 2000


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FUTEBOL
Em casa, time do volante Rincón só conseguiu o empate com a Lusa, em 1 a 1, aos 50min do 2º tempo
Gol contra salva o Santos nos acréscimos

FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

Um gol contra no último minuto da partida garantiu ao Santos o empate em 1 a 1 com a Lusa e evitou que o time sofresse sua primeira derrota em casa no Campeonato Paulista.
Sem acreditar mais na reação da equipe, a torcida santista já deixava o estádio quando, aos 50min do segundo tempo, o atacante Valdir cruzou para trás e o volante Simão, da Lusa, desviou, involuntariamente, para o gol.
"A bola bateu no meu rosto e foi para dentro do gol", disse Simão.
Apesar disso, o árbitro deverá dar o gol para Valdir. "Pelo nosso volume de jogo, a derrota teria sido uma grande injustiça", afirmou Valdir.
A Lusa saiu na frente aos 10min do primeiro tempo, no lance mais polêmico da partida. Leandro reclamou de uma falta do zagueiro Galván no lado esquerdo do ataque da Lusa. O árbitro Paulo César de Oliveira correu para o local, parou e esticou os dois braços, sinalizando que o jogo prosseguia.
Na grande área santista, o zagueiro Márcio Santos supôs que a falta tivesse sido marcada e pegou a bola com as mãos. Sob protestos dos santistas (leia texto nesta página), Leandro fez a cobrança. Carlos Germano defendeu, mas, no rebote do goleiro, o atacante marcou de cabeça.
Antes do gol da Lusa, o Santos dava sinais de entusiasmo. Com menos de 1min, Valdir teve duas oportunidades. Na primeira, chutou sem ângulo nas mãos do goleiro Fabiano. Na segundo, bateu de fora da área por cima do gol.
Mas, depois desses lances, a Lusa começou a controlar o jogo, mantendo o domínio da bola no setor ofensivo, embora sem ameaçar o gol de Germano.
Após sofrer o gol, o Santos partiu para o ataque. Apesar da pressão, a defesa da Lusa, comandada pelo zagueiro Emerson, neutralizava as tabelas dos santistas.
Com isso, as tentativas santistas se resumiam a chutes de fora da área de Dodô, Baiano e Valdir.
Quando a torcida já gritava o nome do atacante reserva Caio, começou a aparecer o futebol do volante Rincón, que estava apagado no jogo e aos 16min havia recebido cartão amarelo.
Rincón pôde atuar porque, até antes do início do jogo, não tinha sido notificado por um oficial de Justiça da cassação, pelo Tribunal Superior do Trabalho, da liminar (decisão provisória) que garantiu sua transferência para o Santos.
Aos 38min, Rincón colocou a bola no meio das pernas do volante Simão, chutou forte, mas Fabiano defendeu.
No intervalo, o técnico Carlos Alberto Silva trocou Robert por Caio. A equipe voltou totalmente ofensiva, e a Lusa, a exemplo do primeiro tempo, se fechava na defesa, explorando contra-ataques.
Com o placar adverso, a torcida santista começou a se impacientar e elegeu o atacante Dodô como vítima. Aos 15min, o coro "fora Dodô" ecoou no estádio.
Dois minutos depois, o técnico Carlos Alberto Silva colocou Deivid no lugar do atacante, que deixou o gramado sob intensa vaia.
Minutos mais tarde, a revolta dos torcedores se dirigiu para o próprio Silva. No momento em que foi anunciada a substituição do volante Baiano pelo meia Eduardo Marques, aos 29min, os torcedores gritavam em uníssono "burro, burro, burro". O coro contra o treinador continuou mesmo após o empate.


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