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FUTEBOL
Em casa, time do volante Rincón só conseguiu o empate com a Lusa, em 1 a 1, aos 50min do 2º tempo
Gol contra salva o Santos nos acréscimos
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
Um gol contra no último minuto da partida garantiu ao Santos o
empate em 1 a 1 com a Lusa e evitou que o time sofresse sua primeira derrota em casa no Campeonato Paulista.
Sem acreditar mais na reação da
equipe, a torcida santista já deixava o estádio quando, aos 50min
do segundo tempo, o atacante
Valdir cruzou para trás e o volante Simão, da Lusa, desviou, involuntariamente, para o gol.
"A bola bateu no meu rosto e foi
para dentro do gol", disse Simão.
Apesar disso, o árbitro deverá
dar o gol para Valdir. "Pelo nosso
volume de jogo, a derrota teria sido uma grande injustiça", afirmou Valdir.
A Lusa saiu na frente aos 10min
do primeiro tempo, no lance mais
polêmico da partida. Leandro reclamou de uma falta do zagueiro
Galván no lado esquerdo do ataque da Lusa. O árbitro Paulo César de Oliveira correu para o local,
parou e esticou os dois braços, sinalizando que o jogo prosseguia.
Na grande área santista, o zagueiro Márcio Santos supôs que a
falta tivesse sido marcada e pegou
a bola com as mãos. Sob protestos
dos santistas (leia texto nesta página), Leandro fez a cobrança.
Carlos Germano defendeu, mas,
no rebote do goleiro, o atacante
marcou de cabeça.
Antes do gol da Lusa, o Santos
dava sinais de entusiasmo. Com
menos de 1min, Valdir teve duas
oportunidades. Na primeira, chutou sem ângulo nas mãos do goleiro Fabiano. Na segundo, bateu
de fora da área por cima do gol.
Mas, depois desses lances, a Lusa começou a controlar o jogo,
mantendo o domínio da bola no
setor ofensivo, embora sem
ameaçar o gol de Germano.
Após sofrer o gol, o Santos partiu para o ataque. Apesar da pressão, a defesa da Lusa, comandada
pelo zagueiro Emerson, neutralizava as tabelas dos santistas.
Com isso, as tentativas santistas
se resumiam a chutes de fora da
área de Dodô, Baiano e Valdir.
Quando a torcida já gritava o
nome do atacante reserva Caio,
começou a aparecer o futebol do
volante Rincón, que estava apagado no jogo e aos 16min havia recebido cartão amarelo.
Rincón pôde atuar porque, até
antes do início do jogo, não tinha
sido notificado por um oficial de
Justiça da cassação, pelo Tribunal
Superior do Trabalho, da liminar
(decisão provisória) que garantiu
sua transferência para o Santos.
Aos 38min, Rincón colocou a
bola no meio das pernas do volante Simão, chutou forte, mas
Fabiano defendeu.
No intervalo, o técnico Carlos
Alberto Silva trocou Robert por
Caio. A equipe voltou totalmente
ofensiva, e a Lusa, a exemplo do
primeiro tempo, se fechava na defesa, explorando contra-ataques.
Com o placar adverso, a torcida
santista começou a se impacientar e elegeu o atacante Dodô como vítima. Aos 15min, o coro "fora Dodô" ecoou no estádio.
Dois minutos depois, o técnico
Carlos Alberto Silva colocou Deivid no lugar do atacante, que deixou o gramado sob intensa vaia.
Minutos mais tarde, a revolta
dos torcedores se dirigiu para o
próprio Silva. No momento em
que foi anunciada a substituição
do volante Baiano pelo meia
Eduardo Marques, aos 29min, os
torcedores gritavam em uníssono
"burro, burro, burro". O coro
contra o treinador continuou
mesmo após o empate.
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