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FUTEBOL
Ganhou o melhor
JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA
O São Paulo fazia gato e sapato do Santos quando Josué abriu o marcador e o bandeirinha marcou impedimento num
lance em que o são-paulino estava mais de meio metro em posição legal. Um absurdo.
O São Paulo continuava a fazer
gato e sapato do Santos quando
Maldonado salvou em cima da linha fatal. Um sufoco.
E ainda fazia o que queria do
adversário quando teve contra si
o pênalti que pôs o Santos na
frente. Uma polêmica.
Mesmo assim, seguiu mandando na partida até que teve o pênalti a seu favor. Outra.
E nada mudou muito no segundo tempo, entre outras coisas porque Luís Alberto foi injustamente
expulso de campo.
Aí a arbitragem compensou o
gol mal anulado do tricolor e validou o deste ótimo Thiago, que parece ter 35 anos de experiência.
Júnior, outro gigante que há de
ter convencido Parreira da obrigatoriedade de sua convocação,
estava quase um metro impedido.
Pena que a arbitragem tenha sido tão confusa, como que para
empalidecer a superioridade do
São Paulo, não apenas o melhor
time paulista, mas o melhor do
país, com folga.
Porque até que os dois pênaltis
são polêmicos mesmo.
Dava para marcá-los, embora
Maldonado não merecesse; como
para não marcá-los, casos claros
de interpretação, diferentemente
dos impedimentos.
E Rodrigo Cintra estava sendo
tão sensato que não deu os segundos cartões amarelos nem para
Ed Carlos, no primeiro pênalti,
nem para Maldonado, no segundo. No que fez bem.
Mas deu para Luís Alberto, sem
motivo, nenhum motivo.
Imputar ao trio de arbitragem,
no entanto, a indiscutível vitória
tricolor é injusto e passional.
O São Paulo só não será bicampeão paulista porque, provavelmente, o Santos atropelará a Portuguesa domingo que vem, na Vila Belmiro, para dar a volta olímpica que fez por merecer durante
toda a sua ótima campanha.
Mas a superioridade dos atuais
tricampeões mundiais sobre o
Santos é muito maior do que o
placar do jogo demonstrou, muito
porque, também, o alvinegro ganhou personalidade e altivez
mais cedo do que se esperava.
Ironias: Rogério Ceni falhou no
lance que originou o pênalti, mas
não só bateu o pênalti do empate
com perfeição como, ainda por cima, fez milagre no único ataque
perigoso do Santos no segundo
tempo, quando defendeu uma
certeira cabeçada de Luís Alberto.
Mais ironias: Maldonado ia salvando o Santos e acabou sendo o
pivô do pênalti do empate.
E Alex Dias entrou em campo
para fazer um belo gol, muito
mais difícil do que os perdidos
contra o Noroeste, naquele dramático empate que deve valer só o
vice-campeonato.
Três clássicos vencidos pelo São
Paulo de maneira cristalina, contra o rico Corinthians, o instável
Palmeiras e o quase campeão e
surpreendente Santos.
Duvidar de quem tem o melhor
time é igual a negar o óbvio.
Mesmo sem o título.
Apostas perdidas
A coluna apostou no Ipatinga e
o time do Vale do Aço perdeu a
invencibilidade e o título do
Campeonato Mineiro para o
Cruzeiro, no Ipatingão. Faz
parte. Mas apostou na Adap e o
Paraná Clube goleou, como visitante, na primeira final. Aí,
não tem desculpa. Desculpe.
Fenômeno
Jorge Kajuru estreou no SBT
seu novo programa dominical,
"Jogo Duro", num horário ingrato, 12h30, para um público
que não é exatamente o do futebol. Mas tem tal poder de comunicação e é tão querido que
deu nada menos que 12 pontos
na primeira prévia do Ibope,
segundo lugar no horário, apenas dois pontos atrás da Globo,
a única TV aberta até agora capaz de dar dois dígitos com um
programa esportivo.
@ - blogdojuca@uol.com.br
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