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Alex Silva é o "xerife" tricolor até no Twitter
Zagueiro virou agora exemplo de raça num time cobrado por não ter vontade
Após marcar um gol contra no clássico, jogador ganhou força no microblog para brilhar contra o Monterrey e liderar uma equipe apática
DA REPORTAGEM LOCAL
Alex Silva virou líder do São
Paulo em campo e no Twitter.
O zagueiro, único jogador do
elenco são-paulino que utiliza o
microblog, saiu de um jogo infeliz ante o Corinthians para
uma ótima partida contra o
Monterrey usando o Twitter
como ferramenta para se reerguer e expor sua confiança.
"Gostaria de me desculpar
pela infelicidade no lance do
quarto gol, fui para cortar a bola, e ela acabou pegando de raspão na minha cabeça e entrou",
escreveu Alex Silva cerca de
duas horas e meia após o clássico no Pacaembu, no qual ele
marcou um gol contra no final.
O zagueiro recebeu então
manifestações de apoio, especialmente pela sua vontade, algo que tem sido muito cobrado
pelos torcedores são-paulinos.
"Já passei por momentos
piores que esse e nunca me deixei abater, quarta-feira vou entrar em campo com a mesma
raça e fazer o meu melhor.
Agradeço a todos que me mandaram palavras de incentivo",
escreveu Alex Silva ainda no
domingo, quando o São Paulo
já preparava viagem para o México para pegar o Monterrey.
Em campo, ele ajudou o time
de Ricardo Gomes a segurar um
0 a 0 com o campeão mexicano,
resultado que deixou a equipe
perto da classificação para o
mata-mata da Libertadores.
"Respeito todos que me criticaram, mas esses não sabem o
sacrifício que fiz na Alemanha
para retornar a vestir a camisa
do São Paulo. O carinho dos que
acompanham minha carreira,
todo elenco e funcionários do
clube não tem preço. A nossa
resposta será dada dentro de
campo", escreveu o zagueiro,
@alex_silva03 no Twitter.
Falou-se que ele poderia começar contra o Monterrey improvisado na lateral direita,
mas assumiu a condição de ""xerife" na zaga. "É um líder. Ele
fala muito porque conhece e fala duro, não é gentil. Isso é importante", declarou satisfeito o
treinador Ricardo Gomes ao site do Globo Esporte.
"Gritei mais por uma questão
de motivação, demonstração
de garra, estava no fim do jogo,
o empate era bom para nós e
não queria que meus companheiros desistissem e se entregassem ao cansaço. Na hora da
adrenalina, não tem como pedir por favor. Mostramos em
campo que não falta vontade",
falou Alex após o jogo sofrido.
Contra o Nacional no Paraguai, ele já havia pedido mais
raça aos companheiros. "Quando cheguei ao São Paulo tinha
21 anos e era complicado dar
dura no Lugano e no Fabão.
Hoje com 25 e após um ano e
meio fora, aprendi muito."
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