São Paulo, domingo, 03 de abril de 2011

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JUCA KFOURI

A Liga que vem aí


A segunda decorrência da implosão do Clube dos 13 é a formação da Liga dos clubes


PRIMEIRAMENTE FOI o contrato com a TV, coisa praticamente resolvida, faltando apenas que se ache uma saída honrosa ao São Paulo e, um pouco mais complicado, ao Galo, que a Globo Esportes acha que andou exagerando nas críticas e está com dificuldade para digerir.
Mas o tempo tudo resolve, e um pouco de doce aqui, outro pouco de doce ali, e o velho espírito conciliatório nacional prevalecerá.
Em seguida, e sem pressa, surgirá a Liga que o Clube dos 13 bobeou e não fez.
Uma Liga que atenda aos interesses de Ricardo Teixeira e não contra ele, embora dificilmente comandada por seu predileto, o ex-presidente do Flamengo Kléber Leite, que permitiu a cada vez mais vitória de Pirro de Fábio Koff na última eleição do Clube dos 13.
Liga que, ao contrário do que se diz por aí, não poderá fazer um Campeonato Brasileiro sem rebaixamento, tese que até gente brilhante como o escritor Luís Fernando Veríssimo, inspirado nos hábitos e costumes das ligas dos Estados Unidos, defende.
Mas, para que passe a vigorar aqui, não bastará a vontade dos maiores clubes brasileiros, pois dependerá de mudar o artigo 89 da Lei Pelé, que é explícito: "Em campeonatos ou torneios regulares com mais de uma divisão, as entidades de administração do desporto determinarão em seus regulamentos o princípio do acesso e do descenso, observado sempre o critério técnico".
A menos, é claro, que se decida que não haverá mais outras divisões e se eternizem os 16 clubes mais populares do Brasil, como, aliás, foi a inspiração da Copa União de 1987.
Mas é fácil imaginar o tamanho da reação, embora, reafirme-se, a NBA, por exemplo, siga exatamente esse modelo.
Como a Globo Esportes é parceira nisso tudo e não esconde de ninguém que adora um mata-mata, ou playoffs, para usar o jargão dos milionários torneios da terra de Tio Sam, por difícil que seja imaginar tal nova ordem, convém não subestimá-la.

GANSÓCRATES
Como convém não acreditar que seja cumprido qualquer acordo no G4 paulista em relação a uma possível saída de Paulo Henrique Ganso do Santos.
O Corinthians, por exemplo, não acha a menor graça em vê-lo indo para o Inter gaúcho antes de ir para a Inter italiana.
Porque Ganso lembra o conterrâneo Sócrates.

blogdojuca@uol.com.br


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