São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2000


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Argentina vota hoje sua greve no futebol

GUSTAVO CHACRA
de Buenos Aires

Os jogadores de futebol da Argentina, após se reunirem com o presidente do país, Fernando de la Rúa, decidirão em assembléia hoje se colocarão fim à greve iniciada na semana passada por causa das agressões que atletas do Comunicaciones sofreram em partida da terceira divisão.
Um deles, Adrián Barrionuevo, foi internado em estado grave após o jogo, realizado no dia 23 do mês passado, mas agora passa bem e deve receber alta hoje.
De la Rúa, que é autor de uma lei antiviolência aprovada quando era senador em 1985, afirmou que a violência nos estádios é uma questão de Estado e prometeu aos atletas que tomará medidas para aumentar a segurança deles.
A primeira delas será aumentar o policiamento nos treinos, para identificar torcedores violentos, que se aproveitam da falta de segurança para agredir jogadores.
Outra medida de De la Rúa é a inclusão dos atletas numa comissão, já existente, que fiscaliza a violência nos estádios.
No entanto, apesar das promessas do governo, o secretário-geral do Sindicato dos Jogadores, Sérgio Marchi, preferiu não adiantar sua posição sobre a continuidade ou não da greve. "Quem decidirá isso é a assembléia", afirmou.
Segundo Marchi, o governo demonstrou estar comprometido com o combate à violência nos estádios. Ele apresentará a proposta de De la Rúa na assembléia dos atletas, hoje, em Buenos Aires.

Dirigentes
Outro ponto discutido na reunião entre De la Rúa e jogadores foi a possibilidade do envolvimento de dirigentes de clubes nas ações violentas dos torcedores.
De acordo com o ministro do Interior da Argentina, Federico Storani, que esteve presente no encontro, muitos deles aproveitam os torcedores para fazer política dentro dos clubes, e aqueles que agem assim precisam ser identificados e punidos.
O secretário-geral do sindicato concordou com o ministro, afirmando que "há dirigentes bons e ruins, mas, infelizmente, a maioria integra o segundo grupo".


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