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Argentina vota hoje
sua greve no futebol
GUSTAVO CHACRA
de Buenos Aires
Os jogadores de futebol da Argentina, após se reunirem com o
presidente do país, Fernando de
la Rúa, decidirão em assembléia
hoje se colocarão fim à greve iniciada na semana passada por causa das agressões que atletas do
Comunicaciones sofreram em
partida da terceira divisão.
Um deles, Adrián Barrionuevo,
foi internado em estado grave
após o jogo, realizado no dia 23 do
mês passado, mas agora passa
bem e deve receber alta hoje.
De la Rúa, que é autor de uma lei
antiviolência aprovada quando
era senador em 1985, afirmou que
a violência nos estádios é uma
questão de Estado e prometeu aos
atletas que tomará medidas para
aumentar a segurança deles.
A primeira delas será aumentar
o policiamento nos treinos, para
identificar torcedores violentos,
que se aproveitam da falta de segurança para agredir jogadores.
Outra medida de De la Rúa é a
inclusão dos atletas numa comissão, já existente, que fiscaliza a
violência nos estádios.
No entanto, apesar das promessas do governo, o secretário-geral
do Sindicato dos Jogadores, Sérgio Marchi, preferiu não adiantar
sua posição sobre a continuidade
ou não da greve. "Quem decidirá
isso é a assembléia", afirmou.
Segundo Marchi, o governo demonstrou estar comprometido
com o combate à violência nos estádios. Ele apresentará a proposta
de De la Rúa na assembléia dos
atletas, hoje, em Buenos Aires.
Dirigentes
Outro ponto discutido na reunião entre De la Rúa e jogadores
foi a possibilidade do envolvimento de dirigentes de clubes nas
ações violentas dos torcedores.
De acordo com o ministro do
Interior da Argentina, Federico
Storani, que esteve presente no
encontro, muitos deles aproveitam os torcedores para fazer política dentro dos clubes, e aqueles
que agem assim precisam ser
identificados e punidos.
O secretário-geral do sindicato
concordou com o ministro, afirmando que "há dirigentes bons e
ruins, mas, infelizmente, a maioria integra o segundo grupo".
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