São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2000


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Maior artilheiro corintiano da história, Cláudio morre aos 77

da Reportagem Local

Morreu no início da madrugada de ontem, por problemas cardíacos, em Santos (litoral paulista), aos 77 anos, o ex-jogador Cláudio Cristovam do Pinho, maior artilheiro da história do Corinthians, clube que defendeu por 13 anos.
Atacante que atuava pela ponta direita, Cláudio marcou pela equipe 295 gols em 533 jogos (média de 0,55 por partida).
Em 20 anos de carreira (de março de 1940 a abril de 1960), defendeu os quatro maiores clubes do futebol paulista.
Nascido em Santos, em 17 de julho de 1922, iniciou a carreira no principal clube da cidade.
Em 1942, marcou o primeiro gol do Palmeiras na vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo na final do Paulista, no dia em que o time verde adotou o seu novo nome -até ali se chamava Palestra Itália.
Aposentou-se no São Paulo.
Mas a consagração se deu no Corinthians, que defendeu de 44 a 57 e do qual foi até técnico, em 58, antes de ir para o São Paulo.
Por sua liderança em campo (foi capitão por dez anos), Cláudio ganhou o apelido de "Gerente". Era também conhecido como um dos "Três Mosqueteiros", trio completado por Luizinho e Baltazar (que já morreram).
Eles foram os maiores ídolos do Corinthians na década de 50. Junto com o meia Carbone e o ponta Mário, formaram o ataque que entrou para a história por ter marcado 103 gols no Paulista-51.
Cláudio também seria campeão paulista em 52 e 54.
Ele defendeu a seleção brasileira de 1942 a 1957, mas não participou de nenhuma Copa.
A marca de gols de Cláudio supera facilmente a atingida por estrelas mais recentes da história do clube, como Sócrates (o oitavo artilheiro, com 169 gols) e Rivellino (o nono, com 165).
O meia-atacante Marcelinho, o único do elenco atual a compor a lista dos dez maiores artilheiros do clube, é o sexto, com 178 gols em 362 jogos (média de 0,49).
O segundo é Baltazar (267 gols).
Por tudo isso, no Parque São Jorge há um busto de Cláudio.
O corpo do ex-jogador foi velado ontem no cemitério Memorial, em Santos, onde será enterrado hoje, às 10h.
Cláudio deixou mulher, Norma, e dois filhos, Bruno e Cláudia.


Colaborou o "Notícias Populares"

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