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VÔLEI
A hora da seleção
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Fim da Superliga, chegou a
hora e a vez da seleção brasileira rumo à Olimpíada de Atenas. Quem viu os jogos do Finasa/Osasco, bicampeão nacional,
já sabe como o técnico José Roberto Guimarães vai querer que a seleção jogue: muita defesa, velocidade no ataque e poucos erros.
Não tem muito mistério. Das
seis titulares do Osasco, quatro
devem manter o posto na seleção:
Fernanda Venturini, Érika, Valeskinha e Mari. A ponteira Virna, a central Walewska e a líbero
Arlene vão completar o time. Ou
seja, com essa formação, Mari jogaria como oposta.
Poucas vezes, na história do vôlei brasileiro, foi registrada uma
trajetória tão meteórica como a
de Mari. Ela foi a atleta mais premiada da Superliga: melhor atacante, revelação e maior pontuadora. Resultado: pela primeira
vez será convocada para a seleção
adulta e já deve aterrissar no time
titular.
Mari, 19 anos e 1,89 m, tem perfil de jogadora russa: alta, forte e
até mesmo fria emocionalmente
em quadra. Além disso, é versátil:
atua como central, ponta ou
oposta. E tem uma pancada no
ataque. Não por acaso, Fernanda
Venturini já a compara com uma
grande atacante russa: Chachkova Sokolova.
O que mais falta ao Brasil são
ponteiras altas, aquelas que conseguem salvar o time quando a
recepção falha e a alternativa são
as bolas de segurança. Mari
preenche esses requisitos. Elisângela e Raquel têm características
físicas semelhantes, mas não conseguem se firmar pela falta de regularidade.
A seleção, você sabe, tem atletas
baixas para o padrão internacional e se garante com o passe na
mão e ataques velozes. Sem uma
boa recepção, a situação fica complicada. O time tem dificuldade
de jogar com as bolas altas. Mari
pode ser uma grande alternativa.
Pelo mundo, oito seleções femininas vão iniciar no próximo sábado, no Japão, a luta pelas quatro últimas vagas para os Jogos de
Atenas. Quem diria: a Itália,
atual campeã mundial, e a Rússia, vice-campeã olímpica, ainda
não se classificaram e estão nessa
batalha.
Os adversários são bem mais
frágeis: Japão, Coréia do Sul,
Tailândia, Taiwan, Nigéria e Porto Rico. Das quatro vagas em jogo, uma será para a seleção asiática mais bem colocada, já que
não houve seletiva olímpica naquele continente. Quem deve se
classificar? Fácil: Rússia, Itália,
Japão e Coréia.
A Rússia, que passou os últimos
meses dando tropeços feios e acabou na repescagem olímpica, foi
campeã, há uma semana, da Copa Yeltsin e jogando bem. Venceu
na final Cuba por 3 a 0. Parece
que as jogadoras e o técnico Nikolai Karpol estão, pelo menos temporariamente, voltando a falar a
mesma língua.
Já a Itália, que não ganhou nada depois do título no Mundial
da Alemanha de 2002, tem novidade: a volta da levantadora
Maurizia Cacciatori. Ela estava
havia quatro anos longe da seleção. Vale acompanhar a campanha das italianas e principalmente das russas, que serão grandes
adversárias do Brasil em Atenas.
Italiano
O Bolzano, de Marcelo Negrão, está classificado para a fase final da
Série A-2 do Italiano. Negrão fez 14 pontos e foi o destaque na segunda vitória seguida sobre o Loreto, na série de três jogos das semifinais. O time vai decidir com o vencedor de Valentia x Cagliari uma
vaga de acesso à série principal do Italiano. A outra vaga já tem dono.
É do Verona, equipe que venceu os 30 jogos que disputou.
Amistosos
A seleção masculina do Japão, que não conseguiu se classificar para
as duas últimas Olimpíadas, está treinando duro para jogar o Pré-Olímpico, em casa, a partir do dia 22. Como parte da preparação, os
japoneses fizeram uma série de quatro amistosos com os Estados
Unidos, mas só conseguiram vencer uma partida.
E-mail cidasan@uol.com.br
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