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CARLOS SARLI
Pousar em wing-suit
Visita do norte-americano Jeb
Corliss ao país pôs em pauta a
discussão sobre possibilidade
de pouso sem pára-quedas
PARA quem não sabe, wing-suit
é uma roupa usada pelos pára-quedistas para ganharem projeção horizontal na queda livre.
Unindo as pernas e os braços ao
tronco com uma membrana de tecido, permite que os pára-quedistas e
os BASE jumpers voem longe nas
idéias para novas conquistas.
A maior delas voltou à pauta na semana passada com a visita do americano Jeb Corliss ao país. Desde
2004, Corliss vem anunciando que
fará um pouso sem pára-quedas. Na
ocasião chegou a dizer, após os testes, que havia chegado a uma velocidade razoável para tentar o pouso
com segurança já no ano seguinte.
Cansado de responder se isso é
possível, o vice-campeão mundial de
BASE, Luis Santos, o Sabiá, aproveitou o encontro com o colega para
questioná-lo. A resposta foi objetiva,
mas, ao que parece, ainda vai demorar para acontecer o tal pouso: ""Preciso de US$ 5 milhões para poder
pousar de wing-suit". Companheiro
de testes e anfitrião de Corliss em
sua visita ao Brasil, o paranaense
Luigi Cani realizou duas grandes façanhas nas últimas semanas.
Na primeira, organizada pelo programa ""Stunt Junkies", Cani saltou
do Grand Canyon, EUA, sobre sua
Suzuki 650 cc. Mergulhou no abismo, abandonou a moto e enquanto
voava de wing-suit viu a explosão da
moto no deserto, sob as bênçãos dos
navajos, que habitam a área.
E, na semana passada, Cani, que
detém o recorde de voar no menor e
mais rápido pára-quedas do mundo,
fez um vôo rasante a dois metros da
estátua do Cristo, no Corcovado. As
imagens impressionam.
Gui Pádua é outro brasileiro atrás
do velho sonho do homem de voar, e
também de recordes. No dia 23, em
Boituva, SP, ele superou seu próprio
recorde Pan-Americano de permanência em queda livre. Saltando de
uma altura de 22.380 pés ele ficou
3min33s em queda livre. O salto serviu de preparação para o objetivo
maior: superar o recorde mundial de
4min36s alcançado pelo astronauta
Joseph Kittinger em 1960, na Flórida, EUA. Até câmera frigorífica, para
agüentar a temperatura de - 50ºC,
faz parte do treino de Pádua.
Voando eles estão bem, mas para
pousar sem pára-quedas ainda faltam alguns milhões.
MUNDIAL DE SURFE
A prova mais gelada do circuito
(WQS) aconteceu no norte da Escócia. Nathan Edge ficou com o título. E amanhã começa o Billabong
Pro Teahupoo, no Taiti.
SUPERSURF
A segunda etapa do Brasileiro
iniciou ontem em Saquarema (RJ).
Fora do calendário em 2006, é considerada o Maracanã do esporte.
MUNDIAL DE LONGBOARD
Única etapa confirmada em
2007, o Oxbow Championship
acontece em Anglet, França e reúne 48 dos melhores na modalidade.
Picuruta, Amaro Matos, entre outros brasileiros, disputam a prova.
sarli@trip.com.br
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