da Reportagem Local

Donovan Bailey, 30, o homem mais rápido do mundo, corre hoje no Brasil pela segunda vez no período de sete dias com a responsabilidade de não perder de novo.
Na semana passada, o jamaicano naturalizado canadense disputou os 100 m rasos, a prova mais rápida do atletismo, em competição em São Leopoldo (RS), e foi surpreendido pelo chileno Sebastian Keitel, que marcou 10s10.
Bailey, recordista mundial e olímpico, com 9s84, chegou em segundo na prova (10s13).
Hoje pela manhã, ele volta à pista, no GP Brasil de Atletismo, no estádio Célio de Barros, no Rio de Janeiro. A competição é a primeira da temporada em pista aberta da Iaaf (Federação Internacional de Atletismo). Os 100 m estão previstos para as 11h40.
De acordo com brasileiros que enfrentarão Bailey, a chance de o canadense ser novamente superado hoje é praticamente nula.
"Você pode até ganhar do campeão mundial. Mas ficou chato para ele ter perdido para um chileno desconhecido. Vai correr mordido", diz André Domingos, 25.
Claudinei Quirino da Silva, 27, afirma que, na corrida do último domingo, o canadense, tão certo da vitória, não acreditava que alguém pudesse ultrapassá-lo.
"Foi uma surpresa para mim, mas também para ele (Bailey). Pensou que ninguém ia surpreendê-lo e entrou meio acomodado. Mas olhou para trás e, aí, foi passado pelo chileno e não conseguiu se recuperar", recorda-se.
O canadense, demonstrando confiança, afirma que o que aconteceu no último domingo foi apenas uma "surpresa". Diz que correu a prova preocupado com uma contusão na panturrilha (barriga da perna), mas que isso já foi superado. "Estando bem fisicamente, ninguém me vencerá."
Keitel, o algoz de Bailey, não disputará os 100 m hoje. Participará somente dos 200 m rasos.
Além de Domingos e Silva, outro brasileiro, Arnaldo de Oliveira, corre contra Bailey. Ainda competem Michael Green (JAM), Deji Aliu (NIG), Bruny Surin (CAN) e Vincent Henderson (EUA).
NA TV - Globo transmite flashes do evento durante o Esporte Espetacular, a partir das 9h



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