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BASQUETE
Posição é trunfo de 4 times que lutam pelo título de torneio masculino, que inicia hoje disputa por 2 vagas na final
Seleção arma semifinalistas do Nacional
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o goleiro é a função amaldiçoada no futebol, o armador é seu
equivalente no basquete. A partir
de hoje, quando começam as semifinais do Nacional masculino,
com Ribeirão Preto x Uberlândia,
sete deles serão postos à prova.
Quem mostrou mais qualidade
na posição chegou até essa fase.
Todos os responsáveis pela articulação das jogadas dos semifnalistas têm experiência na seleção.
É o caso de Ratto e Demétrius
(Rio), Arnaldinho (Brasília), Nezinho e Fúlvio (Ribeirão Preto) e
Valtinho e Helinho (Uberlândia).
"É uma posição estratégica. Se
não tiver um atleta para coordenar as ações, a bola não vai chegar
no momento certo. Nesse caso, o
que adiantaria ter bons laterais e
pivôs?", questiona Lula, técnico
da seleção e do Ribeirão Preto.
Boas atuações também podem
garantir um lugar na próxima
convocação, já que o time nacional começa a treinar logo após o
fim do Nacional. Podem também
significar a ascensão à principal liga de basquete do planeta.
"Vou disputar a liga de verão da
NBA pelo Cleveland. Mas as datas
podem coincidir com a seleção",
conta Nezinho, que usa discurso
semelhante aos dos goleiros para
explicar uma derrota. "Se o time
perde, a culpa é do armador."
Nos mata-matas, Nezinho, 24,
enfrenta Valtinho, 28, companheiro de posição com o qual
mais se identifica na seleção.
"Conversamos muito. Temos
comportamento semelhante. Somos reservados, não vamos para
a balada", conta o armador, que
mesmo já tendo conquistado cinco títulos com o Ribeirão jamais
tomou chope nas comemorações.
"Fico no suco ou no guaraná."
Expansivo, Arnaldinho tem
comportamento oposto ao de Nezinho. Também é o armador que
costuma pontuar mais.
"É uma característica minha. Os
adversários sempre vão ficar
preocupados em marcar os cinco
jogadores. Se tiver oportunidade,
arremesso", afirma o armador.
Mesmo assim, ele crê ter pouca
chance de voltar à seleção. "Acho
difícil ser chamado. Já fiquei fora
em 2004. Vontade vou ter sempre,
mas não depende de mim."
Quem encerrou o ciclo na seleção espera apenas acumular mais
títulos no currículo e aponta os
substitutos. "Joguei na seleção de
1993 a 2000. Acho que o Valtinho
e o Leandrinho [do Phoenix] estão despontando como os titulares da posição", opina Ratto, 34.
Com Demétrius, 31, ele forma a
dupla de armadores mais experiente das finais. Com características diferentes, cada um pode mudar o estilo de jogo do Rio de Janeiro de acordo com o andamento da partida. "Por ser mais baixo
[1,81 m], uso mais a velocidade.
Quando o técnico quer cadenciar
mais o jogo, escala o Demétrius."
O técnico Miguel Angelo da
Luz, porém, tem optado por escalar os dois. "Gosto de jogar com
dois armadores. Eles se revezam
na função, embora o Ratto tenha
atuado mais de ala", analisa ele.
NA TV - Ribeirão x Uberlândia, Sportv 2, ao vivo, às 19h
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