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fidelidade
Euforia corintiana "banca" astro rival
Com final da Copa do Brasil no Morumbi, time deverá repassar ao São Paulo todo o valor gasto nos salários de Adriano
Corinthians já desembolsou
R$ 805 mil aos são-paulinos
pela utilização do estádio,
valor que aumentará com a
lotação da arena amanhã
Fernando Santos/Folha Imagem
![](../images/s0306200801.jpg) |
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Jogadores treinam para o jogo contra os pernambucanos amanhã no Morumbi
LUÍS FERRARI
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A empolgação da fiel massa
corintiana é tamanha que gera
lucro até para um de seus maiores rivais, o São Paulo.
O valor cobrado pelo aluguel
do estádio ao Corinthians deverá ser suficiente para cobrir todo o gasto do clube do Morumbi com os salários do atacante
Adriano, seu principal reforço
em 2008, pelos seis meses de
duração do contrato do atleta.
Levantamento nos borderôs
das 14 partidas já mandadas pelo Corinthians no estádio são-paulino nesta temporada mostra que o time alvinegro repassou ao São Paulo R$ 805.056.
Com o aumento dos preços
nas bilheterias para a final de
amanhã, que não tem mais entradas à venda, a projeção do
São Paulo é que a soma dos aluguéis supere R$ 1 milhão.
É pouco mais que o valor desembolsado pelo São Paulo na
remuneração de Adriano -jogador emprestado, que tem a
maior parte de seus vencimentos oriunda da Inter de Milão.
O valor já gasto pelo Corinthians nos aluguéis corresponde a 9,6% da arrecadação bruta
do São Paulo nos 18 jogos que o
time mandou no Morumbi.
E, nem assim, o time do Parque São Jorge pode se considerar "em casa" quando aluga o
estádio são-paulino.
Na segunda partida da semifinal da Copa do Brasil, por
exemplo, cerca de 50 pessoas
da diretoria e do conselho corintianos foram impedidos de
passar do setor de numeradas
ao de cativas do Morumbi por
um funcionário do São Paulo. E
houve bate-boca entre eles.
O jogo de amanhã será o 15º
do Corinthians no Morumbi.
Em toda a temporada passada,
o time mandou nove duelos lá.
A presença mais freqüente -e
o conseqüente pagamento de
aluguéis- do Corinthians no
Morumbi neste ano é calcada
em três fatores: a inédita queda
para a Série B, a capacidade do
estádio e a superstição.
A primeira causa é o adiamento da obra de reforma do
Pacaembu. Em 2007, a prefeitura manteve aberta "a casa corintiana" até o fim do Brasileiro, na torcida pelo time escapar
da degola. Não adiantou, e o
Corinthians ficou desalojado
no Campeonato Paulista -o estádio municipal foi reaberto há
menos de um mês.
A capacidade do Morumbi é
um fator econômico que pesou
na decisão de o Corinthians
adotá-lo como casa em 2008.
Além de o estádio comportar
quase o dobro da lotação do Pacaembu, apesar do gasto com
aluguel, proporcionalmente sai
mais barato atuar lá que no
campo da prefeitura (onde os
gastos são parecidos, mas a arrecadação é bem inferior).
O outro fator é a partida
apontada por dirigentes e atletas como o divisor de águas da
trajetória corintiana na temporada ter acontecido no Morumbi: os 4 a 0 sobre o Goiás, nas oitavas da Copa do Brasil.
Melhor para o time, que vê
no palco um trunfo. "Ajuda
muito o empenho do torcedor,
que está comparecendo em
massa, o que acontece porque a
gente está correspondendo aos
anseios da arquibancada", disse
o zagueiro e capitão William.
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