São Paulo, terça-feira, 03 de junho de 2008

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Procurador quer interditar Aflitos

Confusão entre botafoguense e polícia também pode render punição a atleta, clubes e federação do PE

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O procurador-geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, vai pedir a interdição do estádio dos Aflitos por causa da confusão entre o zagueiro André Luis, do Botafogo, e policiais, no jogo contra o Náutico.
""Aquilo virou uma praça de guerra. Eles colocaram dirigente e jogador como criminosos. Foi uma barbaridade", disse Schmitt, que também vai oferecer denúncia amanhã contra o zagueiro, os dois clubes e a federação pernambucana.
Logo após a expulsão do zagueiro André Luis, policiais militares tentaram tirar com truculência o botafoguense, que acabara de se sentar no banco de reservas depois de fazer gestos ofensivos aos torcedores do time pernambucano.
Quase todos os jogadores do Botafogo trocaram empurrões com os militares, que prenderam André Luis e o presidente botafoguense, Bebeto de Freitas. O jogador fez acordo financeiro e foi liberado. Bebeto não aceitou, e o caso será analisado pelo Ministério Público e pelo Judiciário estadual.
O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto Oliveira, disse que vai lutar "até o último cartucho" para que nenhum clube do Estado seja punido.
Oliveira afirmou que considera "perseguição" a ameaça de interdição de estádios e a perda de mando de campo pelos clubes locais. Para ele, "não houve nada demais" na partida do Náutico, anteontem.
O presidente-executivo do Náutico, Maurício Cardoso, disse que o clube "não pode ser prejudicado porque não causou problema". De acordo com ele, além de o portão ser controlado pela federação, o Náutico "não pode interferir no trabalho da Polícia Militar".
O comandante do policiamento no jogo, capitão da PM Dinamérico Barbosa, disse que o tumulto só aconteceu devido a uma "seqüência de delitos causados pelo jogador e pelo presidente do Botafogo".
Em nota, a Secretaria da Defesa Social do Estado apoiou a ação policial e também responsabilizou André Luis pelo conflito. De acordo com a nota, o jogador "demonstrava comportamento estranho, em flagrante desequilíbrio emocional".


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