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Procurador quer interditar Aflitos
Confusão entre botafoguense e polícia também pode render punição a atleta, clubes e federação do PE
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O procurador-geral do STJD
(Superior Tribunal de Justiça
Desportiva), Paulo Schmitt, vai
pedir a interdição do estádio
dos Aflitos por causa da confusão entre o zagueiro André
Luis, do Botafogo, e policiais,
no jogo contra o Náutico.
""Aquilo virou uma praça de
guerra. Eles colocaram dirigente e jogador como criminosos.
Foi uma barbaridade", disse
Schmitt, que também vai oferecer denúncia amanhã contra o
zagueiro, os dois clubes e a federação pernambucana.
Logo após a expulsão do zagueiro André Luis, policiais militares tentaram tirar com truculência o botafoguense, que
acabara de se sentar no banco
de reservas depois de fazer gestos ofensivos aos torcedores do
time pernambucano.
Quase todos os jogadores do
Botafogo trocaram empurrões
com os militares, que prenderam André Luis e o presidente
botafoguense, Bebeto de Freitas. O jogador fez acordo financeiro e foi liberado. Bebeto não
aceitou, e o caso será analisado
pelo Ministério Público e pelo
Judiciário estadual.
O presidente da Federação
Pernambucana de Futebol,
Carlos Alberto Oliveira, disse
que vai lutar "até o último cartucho" para que nenhum clube
do Estado seja punido.
Oliveira afirmou que considera "perseguição" a ameaça de
interdição de estádios e a perda
de mando de campo pelos clubes locais. Para ele, "não houve
nada demais" na partida do
Náutico, anteontem.
O presidente-executivo do
Náutico, Maurício Cardoso,
disse que o clube "não pode ser
prejudicado porque não causou
problema". De acordo com ele,
além de o portão ser controlado
pela federação, o Náutico "não
pode interferir no trabalho da
Polícia Militar".
O comandante do policiamento no jogo, capitão da PM
Dinamérico Barbosa, disse que
o tumulto só aconteceu devido
a uma "seqüência de delitos
causados pelo jogador e pelo
presidente do Botafogo".
Em nota, a Secretaria da Defesa Social do Estado apoiou a
ação policial e também responsabilizou André Luis pelo conflito. De acordo com a nota, o
jogador "demonstrava comportamento estranho, em flagrante desequilíbrio emocional".
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