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Seleção feminina vê "ruínas'
de Berlim em folga do Mundial
LUÍS CURRO
enviado especial a Berlim
Um dia depois de sua primeira
derrota no Mundial da Alemanha,
para a Austrália, a seleção feminina de basquete fez um "tour"
por Berlim que mais pareceu uma
visita a um canteiro de obras.
Sem jogar até amanhã, quando
enfrenta a Lituânia pelas quartas-de-final, a seleção, que busca o
bicampeonato, teve apenas um
treino leve pela manhã no
Max-Schmeling-Halle, local da
partida. As titulares, poupadas, só
praticaram arremessos.
No fim da tarde, por volta das
16h30 (11h30 de Brasília), foi organizada uma excursão pela capital
alemã. Todas as jogadoras, menos
a pivô Alessandra, que ficou dormindo no hotel, participaram.
Berlim tem hoje cerca de 3,7 milhões de habitantes, mas já teve 4
milhões. Destruída durante a Segunda Guerra Mundial, a capital
alemã, principalmente em seu lado leste, vive até hoje um período
muito lento de reconstrução.
Para onde se olha, são escavadeiras e guindastes o que mais se vê.
Operários trabalham para levantar futuros prédios de escritórios,
hotéis e estações de metrô.
O resultado de tantas obras simultâneas é o trânsito caótico
-nas duas horas de excursão, as
atletas ficaram cerca de uma hora
e meia dentro do ônibus.
Quando saíram, aproveitaram
para tirar muitas fotos de monumentos e igrejas.
"Deu para ver pouca coisa.
Tem de voltar daqui quatro ou
cinco anos", afirmou a ala Paula.
"Mas o guia disse que as obras
ainda vão demorar uns 30."
Algumas jogadoras ficaram entediadas com o relato histórico de
Berlim, que entre 1961 e 1989 teve
um muro -que foi derrubado-
dividindo as áreas ocidental (capitalista) e oriental (socialista).
"Não conheço nem a história
do Brasil, vou querer saber a de
Berlim?", comentou a ala-pivô
Leila.
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