São Paulo, quarta, 3 de junho de 1998

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Seleção feminina vê "ruínas' de Berlim em folga do Mundial

LUÍS CURRO
enviado especial a Berlim

Um dia depois de sua primeira derrota no Mundial da Alemanha, para a Austrália, a seleção feminina de basquete fez um "tour" por Berlim que mais pareceu uma visita a um canteiro de obras.
Sem jogar até amanhã, quando enfrenta a Lituânia pelas quartas-de-final, a seleção, que busca o bicampeonato, teve apenas um treino leve pela manhã no Max-Schmeling-Halle, local da partida. As titulares, poupadas, só praticaram arremessos.
No fim da tarde, por volta das 16h30 (11h30 de Brasília), foi organizada uma excursão pela capital alemã. Todas as jogadoras, menos a pivô Alessandra, que ficou dormindo no hotel, participaram.
Berlim tem hoje cerca de 3,7 milhões de habitantes, mas já teve 4 milhões. Destruída durante a Segunda Guerra Mundial, a capital alemã, principalmente em seu lado leste, vive até hoje um período muito lento de reconstrução.
Para onde se olha, são escavadeiras e guindastes o que mais se vê. Operários trabalham para levantar futuros prédios de escritórios, hotéis e estações de metrô.
O resultado de tantas obras simultâneas é o trânsito caótico -nas duas horas de excursão, as atletas ficaram cerca de uma hora e meia dentro do ônibus.
Quando saíram, aproveitaram para tirar muitas fotos de monumentos e igrejas.
"Deu para ver pouca coisa. Tem de voltar daqui quatro ou cinco anos", afirmou a ala Paula. "Mas o guia disse que as obras ainda vão demorar uns 30."
Algumas jogadoras ficaram entediadas com o relato histórico de Berlim, que entre 1961 e 1989 teve um muro -que foi derrubado- dividindo as áreas ocidental (capitalista) e oriental (socialista).
"Não conheço nem a história do Brasil, vou querer saber a de Berlim?", comentou a ala-pivô Leila.



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