São Paulo, segunda-feira, 03 de julho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI
Alívio e classificação

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Alívio geral : a seleção brasileira está classificada para as finais da Liga Mundial e mostrou um grande voleibol nas últimas quatro partidas.
O time, depois de atuações sofríveis, parece que chegou ao equilíbrio com a eficiência alcançada principalmente no saque.
Contra os Estados Unidos, o que se viu foi uma mistura explosiva: o Brasil, com um saque poderoso, bombardeando Romano, o frágil líbero dos Estados Unidos.
Nos dois jogos que os norte-americanos venceram os brasileiros em São Paulo, o líbero foi Erik Sullivan.
Dois outros fatores também serviram para dar esse salto de qualidade ao time brasileiro.
O passe e a defesa, com Kid e Nalbert, passaram a funcionar muito bem.
E o ataque de ponta, que era um dos problemas, ganhou eficiência com Max, de volta à boa forma, e com Dante, a revelação da temporada.
O que preocupa ainda é o bloqueio e a falta de regularidade.
Nos últimos tempos, o time tem se especializado em se tornar uma incógnita: em um mesmo torneio, vai do céu ao inferno.
Há pouco mais de duas semanas, perdeu da frágil Espanha em casa. Neste final de semana, quebrou a invencibilidade da seleção dos EUA.
Vamos ver o que acontece agora na fase final da Liga, a partir do dia 10.
Tirando a Holanda, classificada por ser a sede da etapa decisiva da competição, as outras cinco seleções são candidatas ao título olímpico em Sydney: Brasil, Itália, Iugoslávia, Rússia e Estados Unidos.
A maior ausência é Cuba. Pela primeira vez, desde que passaram a disputar a Liga em 91, os cubanos estão fora da fase final.
O que derrubou a equipe, que jogou sem seu principal atacante, Oswaldo Hernandez, foram as três derrotas para a França nas primeiras rodadas, uma delas em Havana.
Nos dois jogos do último final de semana contra os gigantes da Rússia, a seleção cubana só conseguiu vencer um set e acabou em terceiro lugar na chave, atrás da França.
Os russos terminaram em primeiro lugar. A outra vaga ficou com a Holanda, que fez pior campanha da chave, mas é a sede das finais.
O técnico cubano Juan Diaz não se abateu com a eliminação do time e lançou a seguinte frase na entrevista coletiva: ""A Rússia vai ficar entre os três primeiros colocados da Liga Mundial, mas nós vamos ficar entre os três primeiros em Sydney. Para isso, vamos treinar mais do que antes".

A seleção brasileira feminina começou bem sua caminhada para Sydney.
No sorteio dos grupos olímpicos, caiu na melhor chave. Ficará no grupo de China, Croácia, Quênia, EUA e Austrália.
O maior problema são as chinesas. O perigo da Croácia é quando a atacante Barbara Jelic está inspirada.
Na outra chave ficaram quatro pedreiras: Rússia, Cuba, Coréia do Sul e Itália. Os únicos que não oferecem perigo nesse grupo são Peru e Alemanha.

Vasco
O Vasco ainda não descartou a possibilidade de contar com a croata Barbara Jelic. As negociações continuam, mas o acerto ficou mais difícil: a jogadora também tem proposta do Modena, atual campeão italiano. Jelic, que, na vitória da Croácia sobre a Itália, no último Pré-Olímpico, marcou 45 pontos, seria a solução para o Modena, que perdeu sua principal atacante: a búlgara Antônia Zetova.

Projeto
A Argentina, sede do Mundial masculino de 2002 e de olho no pódio dessa competição, está trabalhando uma nova geração para reforçar a atual seleção já no próximo ano. Doze jogadores, da seleção juvenil, fizeram uma excursão de um mês pela Europa enfrentando equipes de países como Rússia, Itália e Polônia. O objetivo é dar experiência aos atletas.
E-mail cidasan@uol.com.br
www.uol.com.br/folha/pensata



Texto Anterior: Europeu tem revanche entre Popov e algoz
Próximo Texto: Panorâmica: Presidente corintiano anuncia fim da ingerência de uniformizada sobre clube
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.