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VÔLEI
Alívio e classificação
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Alívio geral : a seleção brasileira está classificada para
as finais da Liga Mundial e mostrou um grande voleibol nas últimas quatro partidas.
O time, depois de atuações sofríveis, parece que chegou ao equilíbrio com a eficiência alcançada
principalmente no saque.
Contra os Estados Unidos, o que
se viu foi uma mistura explosiva:
o Brasil, com um saque poderoso,
bombardeando Romano, o frágil
líbero dos Estados Unidos.
Nos dois jogos que os norte-americanos venceram os brasileiros em São Paulo, o líbero foi Erik
Sullivan.
Dois outros fatores também serviram para dar esse salto de qualidade ao time brasileiro.
O passe e a defesa, com Kid e
Nalbert, passaram a funcionar
muito bem.
E o ataque de ponta, que era
um dos problemas, ganhou eficiência com Max, de volta à boa
forma, e com Dante, a revelação
da temporada.
O que preocupa ainda é o bloqueio e a falta de regularidade.
Nos últimos tempos, o time tem
se especializado em se tornar uma
incógnita: em um mesmo torneio,
vai do céu ao inferno.
Há pouco mais de duas semanas, perdeu da frágil Espanha em
casa. Neste final de semana, quebrou a invencibilidade da seleção
dos EUA.
Vamos ver o que acontece agora
na fase final da Liga, a partir do
dia 10.
Tirando a Holanda, classificada por ser a sede da etapa decisiva da competição, as outras cinco
seleções são candidatas ao título
olímpico em Sydney: Brasil, Itália, Iugoslávia, Rússia e Estados
Unidos.
A maior ausência é Cuba. Pela
primeira vez, desde que passaram
a disputar a Liga em 91, os cubanos estão fora da fase final.
O que derrubou a equipe, que
jogou sem seu principal atacante,
Oswaldo Hernandez, foram as
três derrotas para a França nas
primeiras rodadas, uma delas em
Havana.
Nos dois jogos do último final
de semana contra os gigantes da
Rússia, a seleção cubana só conseguiu vencer um set e acabou em
terceiro lugar na chave, atrás da
França.
Os russos terminaram em primeiro lugar. A outra vaga ficou
com a Holanda, que fez pior campanha da chave, mas é a sede das
finais.
O técnico cubano Juan Diaz
não se abateu com a eliminação
do time e lançou a seguinte frase
na entrevista coletiva: ""A Rússia
vai ficar entre os três primeiros
colocados da Liga Mundial, mas
nós vamos ficar entre os três primeiros em Sydney. Para isso, vamos treinar mais do que antes".
A seleção brasileira feminina
começou bem sua caminhada para Sydney.
No sorteio dos grupos olímpicos,
caiu na melhor chave. Ficará no
grupo de China, Croácia, Quênia,
EUA e Austrália.
O maior problema são as chinesas. O perigo da Croácia é quando
a atacante Barbara Jelic está inspirada.
Na outra chave ficaram quatro
pedreiras: Rússia, Cuba, Coréia
do Sul e Itália. Os únicos que não
oferecem perigo nesse grupo são
Peru e Alemanha.
Vasco
O Vasco ainda não descartou
a possibilidade de contar
com a croata Barbara Jelic. As
negociações continuam, mas
o acerto ficou mais difícil: a
jogadora também tem proposta do Modena, atual campeão italiano. Jelic, que, na vitória da Croácia sobre a Itália,
no último Pré-Olímpico,
marcou 45 pontos, seria a solução para o Modena, que
perdeu sua principal atacante: a búlgara Antônia Zetova.
Projeto
A Argentina, sede do Mundial masculino de 2002 e de
olho no pódio dessa competição, está trabalhando uma
nova geração para reforçar a
atual seleção já no próximo
ano. Doze jogadores, da seleção juvenil, fizeram uma excursão de um mês pela Europa enfrentando equipes de
países como Rússia, Itália e
Polônia. O objetivo é dar experiência aos atletas.
E-mail cidasan@uol.com.br
www.uol.com.br/folha/pensata
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