DA REPORTAGEM LOCAL

Onze homens de branco em campo comandaram a gangorra emocional dos quase 75 mil que estavam nas arquibancadas. A euforia que tomou conta dos santistas desde que o time passou às finais durou até os 21min de jogo, quando Tévez calou o Morumbi.
Os coros de apoio deram lugar ao nervosismo. A cada chance desperdiçada, os santistas ensaiavam a mesma cena, mãos na cabeça e gritos de desespero. O silêncio só não foi total porque a pequena torcida argentina não parava de incentivar: "Dá-lhe, dá-lhe Boca!".
No intervalo, o serviço interno de som tentou reanimar os santistas, tocando o hino do clube e reproduzindo a narração de gols do Santos na época de Pelé. Não adiantou muito.
Depois de ter ficado até duas horas no trânsito do centro de São Paulo até o estádio, os santistas, que pediam raça aos jogadores, ganharam uma sobrevida apenas aos 30min, quando Alex empatou o jogo. Rojões, abraços e gritos de incentivo pipocaram em todo o estádio.
Mas Delgado apagou o fogo santista nove minutos depois.
Segundo a PM, a torcida do Boca causou a maior confusão ontem, ao forçar a entrada no portão 2. Por isso, onde deveriam estar apenas 3.600 argentinos, havia quase 5.000, de acordo com a polícia. (MR E RP)


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