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Permanência é colírio para elite
da prancheta
DA REPORTAGEM LOCAL
Para os treinadores que
atuam na elite do Brasileiro,
o "fico" de Robinho é visto
como um verdadeiro colírio.
A Folha colheu a opinião
de 12 dos 22 treinadores da
Série A do Brasileiro, e, na
visão deles, o atleta do Santos, caso negociado, deixaria
o país órfão de um fora de
série por um bom tempo.
Na avaliação da maioria
deles (só três deram nomes
de "substitutos" para Robinho), falta criatividade aos
clubes de elite, o que se evidencia pelo minguado número de atletas que atuam
no Brasil e serviram a seleção de Carlos Alberto Parreira. Na Copa das Confederações, foram apenas quatro
-o palmeirense Marcos, o
são-paulino Cicinho, além
dos santistas Léo e Robinho.
Outro exemplo do mau
momento, na visão dos homens da prancheta, é a chocha seleção sub-20, que caiu
diante da Argentina nas semifinais do Mundial da Holanda sem empolgar.
"Vi uns jogos dessa seleção
e não achei nada brilhante.
No Brasileiro deste ano, é cedo para dizer. É claro que, no
país, a gente tem uma renovação grande, mas nessa safra não vejo nada próximo
do Robinho", disse técnico
do Brasiliense, Joel Santana.
Oswaldo Alvarez, da Ponte
Preta, pensa da mesma forma. "Não precisa ser santista
para ver o Robinho jogar.
Sua magia não tem igual. Ele
tem carisma, é ídolo nacional. Insubstituível."
Quem arriscou substituto
puxou sardinha para o próprio reduto. "O Felipe é um
dos jogadores de hoje que,
junto com Robinho, mais
encantam o torcedor", disse
Abel Braga, do Fluminense,
fã do meia tricolor, cuja suspensão de quatro meses por
agredir rival acaba no dia 7.
Tite, do Atlético-MG, citou
Ramón, e Antônio Lopes, do
Atlético-PR, Fernandinho,
atletas que estão sob seus
respectivos comandos.
Na falta de uma boa safra
de jovens talentos, outros
treinadores viam na "velha-guarda" a opção para direcionar as atenções. "Vejo o
Giovanni, do Santos, com
capacidade para dar espetáculo neste Brasileiro", diz
Muricy Ramalho, do Inter,
sobre o atleta de 33 anos.
A aposta em veteranos,
por sinal, seduziu outros
grandes clubes. O Flamengo
aposta em Souza, um ex-corintiano. E o São Paulo em
Amoroso. Ambos trintões.
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