MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local

O atacante Edílson resolveu pressionar a diretoria do Corinthians para receber mais dinheiro para autorizar a transferência de seu passe, que pertencia ao banco espanhol Bilbao Vizcaya, ao clube.
Ontem, pelo segundo dia consecutivo após o retorno do time ao trabalho, o jogador não apareceu no Parque São Jorge nem deu satisfação sobre sua ausência.
Edílson acha que seu passe foi subvalorizado na negociação do Bilbao com o Corinthians e quer os 15% a que teria direito levando em conta o valor de mercado.
O Corinthians pagou US$ 3,5 milhões ao banco e, portanto, repassaria US$ 525 mil ao jogador. Mas, como o Vasco ofereceu US$ 8 milhões, Edílson exige que os 15% sejam em cima desse valor, o que daria US$ 1,2 milhão.
""Ele falou que gosta mais de São Paulo e que prefere ficar no Corinthians. Mas quer receber a porcentagem proporcional à oferta do Vasco", afirmou ontem Eliezer Silva Ferreira, irmão do jogador.
Segundo ele, não foi por problema particular que Edílson não se reapresentou. Em Salvador (BA), onde passa as férias, tem recebido telefonemas do vice-presidente de futebol do Vasco, Eurico Miranda, e de dirigentes de um clube da Espanha e de outro do Japão.
""Com essas propostas, o momento é oportuno para que ele exija essa revisão na transferência de seu passe. O Edílson irá a São Paulo na segunda-feira para resolver essa situação de uma vez por todas", afirmou Ferreira.
O Corinthians teria aceitado renegociar apenas o salário do jogador, incorporando aos R$ 120 mil mensais que recebe (não declarados) um extra de R$ 18 mil que já vinha sendo pago a ele.
A diretoria do Corinthians disse que não vai aceitar a pressão e que não pensa em vender o jogador.
O técnico Oswaldo de Oliveira assegurou que Edílson está garantido no Corinthians no Campeonato Brasileiro.
A cada dia ausente, o atacante terá um desconto de R$ 4.000 em seu salário. Uma outra punição mais severa só será decidida depois que o jogador apresentar a justificativa para suas faltas.


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