DA REPORTAGEM LOCAL

Uma reunião ontem pela manhã encerrou, depois de quase dois anos e meio, a "era" Jair Picerni no São Caetano.
O treinador foi demitido pelo presidente do clube do ABC, Nairo Ferreira de Souza, em um encontro na cidade de Vinhedo (95 km a noroeste da capital paulista).
Com ele, deixaram o time o auxiliar-técnico Jair Squarizzi e o "espião" Fred Smania. O restante da comissão técnica será mantida.
O estopim para a saída de Picerni foi a perda do título da Libertadores para o Olimpia (Paraguai), na última quarta-feira, o quarto vice-campeonato obtido pelo time sob o comando do técnico.
Com a demissão do treinador, o time do ABC perderá sua cara mais visível, afinal, Picerni liderou as equipes vice-campeãs nacionais de 2000, na primeira e segunda divisões, e 2001. Mas a série de fiascos nas finais acabou desgastando sua relação no clube.
"O Jair vinha fazendo um bom trabalho, mas infelizmente vivemos de resultados e eles não aconteceram. Então decidimos trocar. O desgaste dele [Picerni] era muito grande", afirmou o dirigente, assegurando que a rescisão de contrato, que se encerraria no final do ano, foi "amigável" sem o pagamento de multa.
O novo técnico do São Caetano deve ser apresentado na próxima segunda-feira. Segundo Nairo, há uma lista com cinco nomes que podem assumir o cargo: Nelsinho Baptista, Geninho, Levir Culpi, Candinho e Mário Sérgio.
"Vou começar a consultar esses treinadores hoje [ontem" e espero fechar o contrato até a segunda-feira para ele ser apresentado com o elenco na terça], disse o dirigente, que também não descartou o nome de Wanderley Luxemburgo, técnico do Palmeiras.
"É claro que nos interessa."
De acordo com Nairo, o novo treinador terá de se enquadrar a "filosofia" do clube, ou seja, aceitar trabalhar com o grupo de jogadores que já estão no time, e manter a ofensividade que caracterizou a equipe nos últimos anos.
"O novo técnico terá de ter esse perfil [ofensivo]. Aceitar trabalhar com nossa comissão técnica que já está aqui há muitos anos e com os nossos jogadores. No máximo, aceitaremos dois nomes sugeridos por ele, mas desde que esteja dentro da nossa realidade financeira", afirmou.
Quem ocupar o cargo deverá receber o mesmo salário de Picerni -cerca de R$ 100 mil mensais-, segundo o presidente do clube.



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