DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo menos no primeiro turno do Brasileiro, vencido ontem pelo Cruzeiro, Emerson Leão perdeu para Wanderley Luxemburgo o duelo entre técnicos pouco comuns no futebol nacional, aqueles que passam muito tempo nos clubes.
No caso dos dois, a façanha parece ainda maior: ambos podem bater o recorde de permanência em um mesmo clube nacional nas suas carreiras nos atuais empregos.
Luxemburgo, 51, completa um ano no Cruzeiro na próxima semana. Na última terça, renovou seu contrato até o final do próximo ano. Assim, pode ficar 29 meses seguidos no clube mineiro. Nunca na sua carreira como treinador, que já dura 20 anos, ele ficou mais de dois anos completos em um clube.
No caso de Leão, 53, o recorde está ainda mais próximo. Se permanecer no Santos até o final de 2003, o que hoje é certo, ele irá totalizar mais de 19 meses no cargo. Em clubes brasileiros, o máximo de permanência do técnico num emprego até agora também aconteceu no clube do litoral paulista, entre o início de 1998 e meados de 1999.
Se depender do desejo da atual diretoria santista, Leão deve ficar ainda mais tempo na Vila -o clube quer também renovar seu contrato por pelo menos mais uma temporada.
Luxemburgo, que em 2002 não hesitou em trocar o Palmeiras pelo Cruzeiro, jura amor ao atual clube. "Não escondo de ninguém que o meu desejo é ficar. Só uma coisa na Europa me tira daqui." (PAULO COBOS)


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