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São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2003

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F-1

Com Montoya na pole e Ralf em segundo, time espera diminuir folga de Michael Schumacher na liderança do campeonato

Na 1ª fila, Williams quer embolar Mundial

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A HOCKENHEIM

A Williams larga hoje na primeira fila do GP da Alemanha com um objetivo bem claro e dos mais fáceis: embolar de vez a disputa pela liderança do Mundial.
O pole, pela primeira vez no ano, é Juan Pablo Montoya, terceiro colocado no campeonato. Em segundo, o companheiro de equipe, Ralf Schumacher, também uma posição atrás na tabela.
Rubens Barrichello, o quinto no Mundial, larga em terceiro.
Michael Schumacher, por enquanto líder da temporada, ficou só em sexto lugar no grid, atrás do vice-líder, Kimi Raikkonen.
Descomplicando: se o resultado da corrida de Hockenheim seguir a ordem do grid, o Mundial irá para suas últimas quatro etapas com apenas 17 pontos separando o líder, ainda Schumacher, do quinto colocado, Barrichello -hoje a folga é de 20 pontos. E 40 pontos estarão em disputa.
A dianteira do alemão em relação aos adversários diretos também cairia. Schumacher teria seis pontos a mais do que Raikkonen e sete a mais do que Montoya.
Seria um atestado do crescimento das inglesas Williams e McLaren e uma vitória do novo regulamento da F-1. No ano passado, a esta altura da temporada, o ferrarista já havia garantido seu quinto título mundial.
A largada para o GP da Alemanha, a 12ª etapa do Mundial de F-1, acontece às 9h, com TV.
Caso a Williams mantenha sua superioridade dos últimos dias -e não há razão para que isso não aconteça-, a corrida deve ser um passeio do time inglês.
Em Hockenheim, Ralf ou Montoya ficaram na frente em quase todos os treinos. A exceção foi a primeira sessão da sexta-feira, com David Coulthard na ponta.
O principal motivo para tanta vantagem está nos pneus da Michelin, que resistem mais e têm um desempenho melhor sob altas temperaturas. Ontem, os termômetros chegaram a marcar 49C no asfalto do circuito alemão.
Williams e McLaren usam os compostos franceses. A Ferrari é cliente da Bridgestone.
"Fazia tempo que eu não conseguia uma pole. O carro estava muito bom e acho que estará excelente em condições de corrida", declarou o colombiano, que não largava na frente do grid desde o GP da Itália do ano passado.
"Mas sei que a prova vai ser difícil. Neste calor forte, o carro será muito exigido. A resistência vai ser fundamental", completou.
Por muito pouco a pole não ficou com Ralf, que foi 0s196 mais rápido nos dois primeiros trechos da pista. Nas duas últimas curvas, porém, o carro do alemão escapou de frente. Resignado, Ralf afirmou ter ficado satisfeito com o desempenho do Williams.
"Escapei de frente no final, mas em geral fiquei satisfeito com a minha volta. O carro estava brilhante, mas vai ser uma corrida crítica, com muito calor", disse.
A lavada da Williams foi tão grande nos treinos que Barrichel-lo estava satisfeitíssimo com o terceiro lugar. "Não dava para tirar mais do meu carro. Fui no limite e fiquei muito feliz com minha volta", declarou o brasileiro.
Sua maior preocupação é Jarno Trulli, ao seu lado no grid, em quarto. A Renault, equipe do italiano, possui atualmente o melhor controle de largada da F-1.


NA TV - GP da Alemanha, na Globo, ao vivo, às 9h


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