São Paulo, terça-feira, 03 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

No Santos sem Diego, Robinho brilha mais

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a ida de Diego para o Porto, surgiu o temor de que o rendimento de Robinho cairia com o final da parceria, consagrada em 2002. Concretizada a saída de Diego, o atacante declarou que arcaria com a cobrança pela dupla. E, pelo menos até o momento, ele tem dado conta da missão.
Mais que isso, no Brasileiro, Robinho teve atuações bem melhores quando Diego não jogou.
Das 20 partidas do Santos no Nacional, a dupla atuou junta em nove. Robinho jogou sem o parceiro em dez e não atuou só na 19ª rodada, quando cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo.
De acordo com o levantamento do Datafolha, sem Diego, Robinho melhorou seu percentual de finalizações certas, aumentou a eficiência de seus dribles, passou a fazer 50% de cruzamentos a mais, está perdendo menos bolas e, principalmente, aumentou de forma significativa suas médias de assistências e de gols por jogo.
Hoje, Robinho é o artilheiro do Santos na competição, com dez gols marcados- dos quais apenas três foram feitos com a presença de Diego em campo.
O atacante lidera o levantamento de passes decisivos no Brasileiro, ao lado do volante palmeirense Corrêa. Cada um efetua seis assistências. Mas o jogador do Palmeiras não tem tanta "concorrência interna". Enquanto ele é um dos dois jogadores de sua equipe a integrar a lista dos atletas com mais assistências, o Santos é o único time que tem três atletas no grupo -além de Robinho, há Deivid e Léo na lista.
Quando atuou com o antigo parceiro, Robinho, que se notabilizou pelos dribles, errava em média 1,4 tentativa de finta por jogo. Sem Diego, o índice cai para quase um terço do anterior: 0,50.
Hoje, Robinho tenta muito menos dribles que na época em que tinha o companheiro em campo, com uma eficiência bem maior.
Com o jogador do Porto atuando com a camisa 10 do Santos, o atacante tentava 5,1 dribles por partida em média (com eficiência de 72,5%). Sem Diego, as tentativas caíram para 2,8, e o aproveitamento subiu para 82,1%.
Como reflexo desse número, a quantidade de bolas perdidas por Robinho também diminuiu. Com Diego, o atacante desperdiçava em média 7,4 bolas recebidas por partida. Sem o meia, 5,8.
Robinho mostrou que é um grande driblador mesmo fora de campo. Após o treino de ontem, no CT Rei Pelé, o artilheiro saiu rapidamente sem atender os jornalistas que tentavam entrevistá-lo, enquanto o atacante William, 21, era apresentado -o jogador, que estava no sul-coreano Ulsan Hyundai, tem vínculo com o time que defendeu na conquista do título de 2002 até o final do ano.


Colaborou Fábio Tura, do Datafolha

Texto Anterior: Futebol: Holanda de Van Basten ataca por decreto
Próximo Texto: Estatística: Gols podem levar Santos a bater recorde histórico
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.