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No Santos sem Diego, Robinho brilha mais
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a ida de Diego para o Porto, surgiu o temor de que o rendimento de Robinho cairia com o final da parceria, consagrada em
2002. Concretizada a saída de Diego, o atacante declarou que arcaria com a cobrança pela dupla. E,
pelo menos até o momento, ele
tem dado conta da missão.
Mais que isso, no Brasileiro, Robinho teve atuações bem melhores quando Diego não jogou.
Das 20 partidas do Santos no
Nacional, a dupla atuou junta em
nove. Robinho jogou sem o parceiro em dez e não atuou só na 19ª
rodada, quando cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo.
De acordo com o levantamento
do Datafolha, sem Diego, Robinho melhorou seu percentual de
finalizações certas, aumentou a
eficiência de seus dribles, passou a
fazer 50% de cruzamentos a mais,
está perdendo menos bolas e,
principalmente, aumentou de
forma significativa suas médias
de assistências e de gols por jogo.
Hoje, Robinho é o artilheiro do
Santos na competição, com dez
gols marcados- dos quais apenas três foram feitos com a presença de Diego em campo.
O atacante lidera o levantamento de passes decisivos no Brasileiro, ao lado do volante palmeirense Corrêa. Cada um efetua seis assistências. Mas o jogador do Palmeiras não tem tanta "concorrência interna". Enquanto ele é um
dos dois jogadores de sua equipe a
integrar a lista dos atletas com
mais assistências, o Santos é o
único time que tem três atletas no
grupo -além de Robinho, há
Deivid e Léo na lista.
Quando atuou com o antigo
parceiro, Robinho, que se notabilizou pelos dribles, errava em média 1,4 tentativa de finta por jogo.
Sem Diego, o índice cai para quase um terço do anterior: 0,50.
Hoje, Robinho tenta muito menos dribles que na época em que
tinha o companheiro em campo,
com uma eficiência bem maior.
Com o jogador do Porto atuando com a camisa 10 do Santos, o
atacante tentava 5,1 dribles por
partida em média (com eficiência
de 72,5%). Sem Diego, as tentativas caíram para 2,8, e o aproveitamento subiu para 82,1%.
Como reflexo desse número, a
quantidade de bolas perdidas por
Robinho também diminuiu. Com
Diego, o atacante desperdiçava
em média 7,4 bolas recebidas por
partida. Sem o meia, 5,8.
Robinho mostrou que é um
grande driblador mesmo fora de
campo. Após o treino de ontem,
no CT Rei Pelé, o artilheiro saiu
rapidamente sem atender os jornalistas que tentavam entrevistá-lo, enquanto o atacante William,
21, era apresentado -o jogador,
que estava no sul-coreano Ulsan
Hyundai, tem vínculo com o time
que defendeu na conquista do título de 2002 até o final do ano.
Colaborou Fábio Tura, do Datafolha
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