São Paulo, sexta-feira, 03 de agosto de 2007

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Técnico está há 29 anos fora e não quer voltar

DA REPORTAGEM LOCAL

Carioca de Duque de Caxias, Jorvan Vieira carrega um leve sotaque lusitano, fruto das constantes idas a Portugal para encontrar familiares. O técnico demissionário da seleção iraquiana chegou a trabalhar em clubes do Rio, sempre em categorias de base, antes de investir na carreira internacional.
"Comandei as equipes inferiores do Botafogo e da Portuguesa-RJ até que, em 1978 tive a oportunidade de ir para o Catar", relembra.
Quase 30 anos depois de deixar o Brasil, o técnico não cogita a possibilidade de voltar a trabalhar no país.
"Recebi proposta de quatro clubes nos últimos dias, mas não penso em voltar", disse Jorvan, que relaciona alguns motivos que o fazem seguir no Oriente Médio.
"Eu sei que no Brasil os clubes não pagam em dia. E outra, aqui eu fico pelo menos seis meses trabalhando, mesmo não tendo bons resultados. No Brasil não duraria duas semanas", comenta.
"Aqui ainda aprendi outras culturas, idiomas. Além do português, falo árabe clássico e marroquino, inglês, espanhol, italiano, francês e malaio", gaba-se o treinador.
Há oito anos sem vir ao Brasil, Jorvan, mata a saudade da mãe, dona Vana, 74, e da filha mais velha, Ana Carolina, 24, pelo mundo afora.
"Quando quero vê-las, mando passagens e elas vêm até mim. Assim, viajam, conhecem novas culturas. Você não gostaria de ter um pai assim?", questiona, rindo. (JT)


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