|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
perfil
Técnico está há 29 anos fora e não quer voltar
DA REPORTAGEM LOCAL
Carioca de Duque de Caxias, Jorvan Vieira carrega
um leve sotaque lusitano,
fruto das constantes idas a
Portugal para encontrar familiares. O técnico demissionário da seleção iraquiana
chegou a trabalhar em clubes
do Rio, sempre em categorias de base, antes de investir
na carreira internacional.
"Comandei as equipes inferiores do Botafogo e da
Portuguesa-RJ até que, em
1978 tive a oportunidade de
ir para o Catar", relembra.
Quase 30 anos depois de
deixar o Brasil, o técnico não
cogita a possibilidade de voltar a trabalhar no país.
"Recebi proposta de quatro clubes nos últimos dias,
mas não penso em voltar",
disse Jorvan, que relaciona
alguns motivos que o fazem
seguir no Oriente Médio.
"Eu sei que no Brasil os
clubes não pagam em dia. E
outra, aqui eu fico pelo menos seis meses trabalhando,
mesmo não tendo bons resultados. No Brasil não duraria duas semanas", comenta.
"Aqui ainda aprendi outras
culturas, idiomas. Além do
português, falo árabe clássico e marroquino, inglês, espanhol, italiano, francês e
malaio", gaba-se o treinador.
Há oito anos sem vir ao
Brasil, Jorvan, mata a saudade da mãe, dona Vana, 74, e
da filha mais velha, Ana Carolina, 24, pelo mundo afora.
"Quando quero vê-las,
mando passagens e elas vêm
até mim. Assim, viajam, conhecem novas culturas. Você
não gostaria de ter um pai assim?", questiona, rindo.
(JT)
Texto Anterior: Fim: "Herói" cogita parar em dois anos Próximo Texto: Por R$ 37,4 milhões, Pato é vendido ao Milan Índice
|