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São Paulo, quarta-feira, 03 de setembro de 2003

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PAINEL FC

Dois coelhos
A idéia de Lula de realizar um jogo Mercosul x União Européia, levada a Ricardo Teixeira por Agnelo Queiroz, tem objetivos que vão além da arrecadação de alimentos para o Fome Zero. Na visão do presidente, a partida poderia ser o pontapé inicial para ampliar o intercâmbio comercial entre os blocos.

Data vitaminada
O ministro do Esporte pediu que a CBF reserve a rodada do Brasileiro de 12 de outubro para arrecadar dinheiro para o Fome Zero. Não por acaso, dois dos maiores clássicos do país serão disputados no dia: São Paulo x Corinthians e Vasco x Flamengo. O cartola ficou de falar com clubes, Conmebol e Fifa.

Memória seletiva
Na conversa reservada, Queiroz e Teixeira trataram basicamente de amenidades. Nenhuma palavra sobre a fracassada ameaça de paralisação do futebol, Estatuto do Torcedor ou volta do passe.

Em baixa
Se o presidente da CBF ensaia uma aproximação mais efetiva com o ministro, tem dito reservadamente querer distância de Luiz Felipe Scolari. O cartola não gostou do fato de o técnico de Portugal ter se oferecido ao governo para ser "embaixador do futebol brasileiro" sem antes consultar a entidade.

Na tela
A Globo ofereceu US$ 600 mil à Spoart, que representa os direitos de TV da Federação Colombiana no país, para transmitir com exclusividade a estréia da seleção de Parreira nas eliminatórias, no domingo. A proposta deve ser aceita.

Venda casada
A Federação Colombiana encontrou uma maneira de evitar fracasso de público no segundo jogo da seleção em casa. Para adquirir ingresso do duelo com o Brasil, o torcedor é obrigado a levar o do confronto com a Venezuela, em novembro. Os ingressos mais caros, de US$ 105, já estão esgotados.

O favorito
A corrida por uma vaga em 2006 ainda não começou, mas o Brasil já está em primeiro lugar. Pelo menos no site da Conmebol. Apesar de todos as seleções estarem com zero ponto, o time pentacampeão encabeça a lista.

Frente azul
Antes mesmo de ser julgado pelo STJD, o Paysandu se articula politicamente para evitar a perda dos pontos no Brasileiro. Seu presidente, José Arthur Tourinho, ex-superintendente da Sudam, já falou com o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) e com a senadora Ana Júlia (PT-PA) para unir a bancada paraense em torno da equipe.

Modelo candango
O Paysandu tomou a iniciativa baseado no exemplo do Gama, em 1999. Na ocasião, o time do Distrito Federal usou a força política do então senador José Roberto Arruda (PSDB-DF) para pressionar a CBF, ao mesmo tempo que foi à Justiça comum para permanecer na elite.

Mordomia em dose dupla
O Corinthians viaja dividido hoje para Moscou. Mas não se trata de problema de relacionamento. Como a excursão é bancada pelos russos do Saturn Ramenskoye, os 40 membros da delegação embarcarão em classe executiva. Para isso, terão que voar em dois aviões diferentes.

Agora pode
Depois de criticarem as gafes do Pan, ontem foi a vez de os brasileiros pisarem na bola. Na abertura do Sul-Americano de vôlei, no lugar do hino da Argentina, foi tocado o da Alemanha. O torneio, no Rio, é organizado pela confederação do continente, cujo presidente é Ary Graça, o mesmo da CBV.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que participou da CPI da CBF/Nike, sobre a concessão a Nicolás Leoz do título de presidente vitalício da Conmebol:
- O Ricardo Teixeira deve estar morrendo de inveja. Ficar na CBF até morrer é tudo o que ele sempre desejou. Mas, se no Brasil houver mesmo justiça, ele não chega lá.

CONTRA-ATAQUE

A minúscula Rússia

Boleiro brasileiro sempre foi rotulado como pouco letrado, sem cultura. Embora às vezes haja exagero, em muitos casos é a mais pura realidade.
No treino do Corinthians de ontem, a repórter de uma emissora de TV resolveu testar os conhecimentos geográficos dos atletas. Levou um globo terrestre ao Parque São Jorge e perguntou ao volante Fabinho onde ficava a Rússia, país em que o time fará amistoso no domingo.
Após iniciar a busca pelo continente americano e procurar por mais de um minuto o país europeu, Fabinho se rendeu:
- Está complicado achar esse país. Me dá uma ajuda aí.
Mais tarde, porém, o capitão corintiano arrumou uma desculpa esfarrapada por não ter localizado o território russo: o tamanho das letras.
- Estou sem óculos.


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