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teoria do caos
Bagunça corintiana vence o Santos
Com 5 volantes e sem alas e meias, interino José Augusto supera conservadorismo de Luxemburgo e pode virar efetivo
Corinthians 2
Santos 0
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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O goleiro Felipe, um dos destaques da equipe corintiana na vitória sobre o Santos, a primeira do time em clássicos no ano, celebra com a torcida na grade do estádio do Pacaembu, ontem à tarde
JULYANA TRAVAGLIA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Planejamento, organização e
infra-estrutura costumam ser
peças importantes para que um
time consiga vencer em campo.
Mas o Corinthians provou ontem que, às vezes, a bagunça
também pode triunfar.
Com um time montado fora
de qualquer padrão conhecido
do futebol e vivendo um momento caótico nos bastidores, o
Corinthians passou por cima
do favoritismo e do decantado
planejamento santista de Vanderlei Luxemburgo e venceu o
time litorâneo por 2 a 0.
Um jogo incomum, mas que
manteve a escrita dos clássicos
paulistas neste ano fora de
campo -a Polícia Militar teve
trabalho com torcedores dos
dois times durante boa parte da
tarde de ontem, em São Paulo.
Em campo, com cinco volantes, nenhum lateral de origem,
nenhum meia e três atacantes,
o técnico interino José Augusto
fez o Corinthians voltar a vencer. E pela primeira vez em
clássicos em 2007.
Carlos Alberto, Nilton, Carlão, Bruno Octávio e Vampeta
formaram a base da equipe que
saiu do Pacaembu vencedora e
um pouco mais aliviada no Brasileiro, com 30 pontos.
Bem diferente do Santos, que
entrou em campo com uma formação bem mais conservadora,
com dois zagueiros, dois laterais, dois volantes, dois meias e
dois atacantes. E se manteve
com 36 pontos na tabela.
Nilton, um dos corintianos
improvisados, abriu o placar
para o Corinthians, aos 9min
do primeiro tempo. Arce, fez o
segundo, aos 10min do segundo, depois de passe de Finazzi.
E, bem ao gosto da torcida,
segurou os momentos de pressão santista na base de carrinhos, chutões e muita marcação dentro de seu campo.
Mas não foi apenas no gramado que o Corinthians trocou
a organização pela emoção. Depois do jogo, a diretoria do clube do Parque São Jorge, que
nos últimos tempos tem mais
criado do que ajudado a solucionar problemas para jogadores e comissão técnica, bateu
cabeça mais uma vez.
Confirmou a efetivação de
José Augusto ao mesmo tempo
em que decretava que a procura
por um novo técnico seguia.
Às portas do mesmo vestiário
em que demitiu Paulo César
Carpegiani depois de derrota
para o Cruzeiro, uma semana
atrás, o vice-presidente de futebol corintiano, Antoine Gebran, confirmou que o novo
treinador do time "já está aí".
"Só defunto não muda de
idéia. Está confirmado. Ele vai
ficar", afirmou o dirigente, declarando que o Corinthians, a
partir daquele momento, encerrara a tentativa de contratar
alguém para suceder Carpegiani, sobretudo após ter falhado
na investida sobre Tite, do Al-Ain, dos Emirados Árabes.
José Augusto já até celebrava
sua efetivação no cargo. "Depois da derrota para o Atlético,
confesso que fiquei assustado e
por isso eu havia decidido abrir
espaço para a chegada de um
outro técnico. Mas a própria
equipe me pediu agora no vestiário para que eu ficasse. Espero retribuir isso dentro de campo", discursava.
Entretanto, pouco depois, o
vice-presidente do clube, Wilson Bento, ainda dava declarações sobre a procura de um novo comandante para o time.
"Esperamos apresentar um
técnico em 24 horas", disse
Bento, citando inclusive o nome de Márcio Bittencourt como um dos candidatos.
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