São Paulo, segunda-feira, 03 de setembro de 2007

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JUCA KFOURI

A soberba castigada


O Santos cometeu um erro tão velho como o próprio futebol no Pacaembu: achou que ganharia sem jogar


De UM lado Vanderlei Luxemburgo de paletó e gravata, Fábio Costa, Kléber, Maldonado, Pedrinho, Petkovic e Kléber Pereira, do orgulhoso Santos. Do outro, Zé Augusto de agasalho do clube, Zelão, Carlão, Betão, aumentativos de um Timão que deixou de ser não é de hoje, além de Felipe e Vampeta, é claro.
E de Nilton, sim, de Nilton.
Quem? Nem sei bem, além de saber que fez um gol contra e um a favor na também surpreendente vitória corintiana sobre o Botafogo.
Mas sei, também, que Nilton encarnou o inverso da soberba santista e a encarnação do que o Corinthians sempre foi. A começar pelo golaço de falta que fez, quase a 40 metros de distância do gol de Fábio Costa que, auto-suficiente, nem barreira pediu.
Talvez seja o caso de dizer que fez bem, porque não adiantaria mesmo para evitar que a bola entrasse no ângulo de sua trave direita.
A continuar pelo gol que salvou, na linha fatal, quando ainda estava 1 a 0. E para terminar com o lance em que causou a expulsão de Adaílton, selando a vitória corintiana que já estava em 2 a 0, graças a mais um gol de Arce. Fato é que o Santos aprendeu ontem a nova lei de Nilton: sem raça, nada se consegue.

Que São Paulo!
Difícil na goleada tricolor sobre o Paraná Clube foi apenas escolher qual dos seis gols foi o mais bonito.
A coluna fica com qualquer um dos quatro primeiros, com tendência de escolher o de Souza.
Mas que até prazer em ver começou a dar o líder, isso é fácil dizer.

5 a 0 injusto?
Já na goleada do Cruzeiro é fácil escolher o gol de Maicossuel, o quinto, como o mais bonito. E embora placar tão elástico, em regra, não mereça contestação, é justo afirmar que foi fruto de mais uma lambança do lambão-mor Wilson "de" Souza "de" Mendonça. Que muda os "dês" do nome, mas não perde o hábito de fazer bobagem. Ele foi o maior responsável pela aplastante derrota aliverde, ao expulsar, ainda no primeiro tempo, num carrinho legal, Pierre.

No embalo do apito
Há quem imagine que a profissionalização dos árbitros seja a panacéia para minimizar os erros dos apitadores e seus auxiliares pelo mundo afora. De fato, nada justifica o regime atual, embora a profissionalização seja condição necessária, mas não suficiente.
Enquanto não houver autonomia da arbitragem em relação às federações e confederações, nada mudará, porque, a exemplo da justiça (?!) esportiva, a arbitragem é meio de exercício de poder dos cartolas, algo de que jamais se abrirá mão.

Brasiiiiiiiiiiiiiillllllllll!!!!!!
O basquete masculino, tricampeão pan-americano, ouro no Pan-2007, no Rio, não obteve vaga para Pequim no Pré-Olímpico das Américas, em Las Vegas, com derrotas para os EUA, duas para Porto Rico e duas para o time B da Argentina.
O atletismo brasileiro, 23 medalhas no Pan-2007 (nove de ouro, cinco de prata e nove de bronze), conquistou apenas uma medalha de prata no Mundial de Atletismo, em Osaka, no Japão.

blogdojuca@uol.com.br


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