São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2010

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JUCA KFOURI

Os votos da coluna


Que as 11 rodadas restantes do Brasileirão tenham a mesma emoção das anteriores


MESMO SEM levar em conta a 27ª rodada, um jogo na sexta e nove no sábado por causa das eleições de hoje, é possível dizer que o Campeonato Brasileiro deste ano agrada pelo nível técnico e, sobretudo, pela emoção que não para. Não exagera quem diz que o Brasileirão está melhor que a Copa da África.
E é por isso que esta coluna saúda o nível do futebol apresentado até aqui e não se constrange em votar abertamente em seus candidatos ao título, para que o espetáculo continue em alta.
Dois trios devem ser realçados: o dos favoritos e o da arte. Favoritos, e não contaram só para o colunista, são o Fluminense, o Corinthians e o Cruzeiro. Dificilmente surgirá outro pretendente, embora em edições passadas já tenha acontecido de alguém atropelar na reta final, reta que será iniciada na 29ª rodada, ao faltarem dez para o fim do torneio.
E também não contaram apenas para o colunista que o trio artístico é composto por três gringos que jogam muito, Conca, D'Alessandro e Montillo, seguido por brasileiros como Elias e Jucilei.
Elias, aliás, deve fazer uma falta danada para o Corinthians, ausente mais três jogos por causa da seleção brasileira. Com ele ou sem, no entanto, só temos motivos para acreditar num final sensacional de campeonato, ainda mais com Flamengo e Galo lutando para não cair. Melhor ainda será se a arbitragem passar a errar menos ou, ao menos, de maneira mais compartilhada, porque, de fato, o Corinthians vem sendo mais beneficiado do que os seus rivais diretos.

ZICO FORA
A renúncia de Zico ao Flamengo revela como ainda é atual a famosa frase de Telê Santana, que, já amargurado, disse um dia que o futebol brasileiro não é coisa para gente séria. Claro que há exceções, mas, se Zico não cabe na Gávea, é porque o nível de podridão passou de quaisquer limites. Mais que chorar por Zico, choremos pelo futebol brasileiro.

MP DA APO
Segundo o professor de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da USP, Roger Stiefelmann Leal, a medida provisória que reedita, apenas com texto diferente, a que expirou para criar a Autoridade Pública Olímpica é francamente inconstitucional. Veremos se, passadas as eleições, algum partido, ou mesmo a OAB, arguirá tal ilegalidade no STF.
Em 2005, artifício semelhante em relação ao Estatuto do Desarmamento foi declarado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal.


blogdojuca@uol.com.br


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