São Paulo, segunda-feira, 03 de outubro de 2011

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JUCA KFOURI

Empate de campeões


O Corinthians foi muito melhor do que se esperava no Rio. O São Paulo foi muito pior no Morumbi


OLHO ESQUERDO em São Januário, olho direito no Morumbi. E não dava para piscar.
Foram 180 minutos de futebol jogado em busca do gol, a exemplo do que já tinham feito Fluminense e Santos, anteontem, com o prêmio de cinco gols, três do Flu, dois do Santos, em Volta Redonda.
Ontem os placares não foram tão generosos, embora os quatro gols no empate dos líderes Vasco e Corinthians bem que poderiam ter sido cinco ou seis. E, diga-se, para o Corinthians, que jogou sem Liedson e sem Emerson tão bem como os anfitriões completos no primeiro tempo e melhor no segundo, depois que Juninho Pernambucano se machucou logo no começo e foi substituído pelo volante Allan.
Se Fagner e Éder Luís atormentaram pela direita na etapa inicial, na complementar, pelo mesmo corredor, Willian e Danilo barbarizaram, e o alvinegro só não virou por detalhe e por um milagre de Fernando Prass em cabeçada de Danilo.
Não será nenhum exagero dizer que foi a melhor atuação do Corinthians no segundo turno, desempenho que permite que o time volte a acreditar piamente que pode ser campeão.
Como o Vasco, porque numa tarde em que as coisas não saíram como o planejado, o time não perdeu e manteve o primeiro lugar.
Já o São Paulo foi extremamente bem-sucedido ao promover a volta de Luis Fabiano e lotar o Morumbi com mais de 63 mil torcedores, mas vítima das ironias do futebol num jogo também eletrizante como o de São Januário.
Se lá o ex-corintiano Fagner fez o segundo gol vascaíno, em São Paulo o ex-são-paulino Alex Silva impediu duas vezes que seu ex-clube abrisse o placar, na primeira ao salvar o que seria um gol do reestreante Fabuloso.
Mas verdade seja dita, o Flamengo fez por ampliar a vantagem carioca no Rio-São Paulo particular deste Brasileirão em que os seis primeiros são do eixo. Agora são 13 vitórias dos times do Rio contra sete derrotas e quatro empates.
Rogério Ceni fez ao menos quatro milagres no jogo disputado sob chuva forte, em bolas invariavelmente enfiadas por Ronaldinho ou para Deivid ou para Thiago Neves. E acabou vítima de um desvio de bola que decretou a doída derrota em chute sem piores intenções de Renato Abreu.
A sorte tricolor foi a derrota do Botafogo para o perigoso Atlético-GO, que o Corinthians recebe no domingo, enquanto o Vasco joga no Beira-Rio.

blogdojuca@uol.com.br


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