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Leão elogia tranquilidade, mas queria mais gols
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
O técnico Emerson Leão atribuiu a vitória à "tranquilidade"
que, segundo ele, os "meninos da
Vila" tiveram para esperar o momento certo de reagir após o Santos sair atrás no placar.
Segundo ele, o planejamento
santista previa sufocar o Corinthians desde o início, para conseguir um gol logo nos minutos iniciais. O time cumpriu a determinação, mas não conseguiu marcar
precocemente. "Se tivéssemos feito o gol, tudo teria se encaixado
conforme planejamos. Mas não
só não fizemos, como ainda tomamos um gol. Se não tivéssemos
tido tranquilidade, poderíamos
ter levado o segundo", afirmou.
Leão disse que a atuação na etapa final compensou a fraca exibição do primeiro tempo, mas faltaram mais gols. Quando a partida
já estava perto do fim, Fabiano
perdeu uma chance sozinho na
pequena área, aos 41min, e William, que o substituiu, desperdiçou outra, aos 46min, depois de
ter driblado o goleiro Doni.
O técnico rechaçou a hipótese
de o placar não ter sido maior pelo fato de os santistas terem supostamente menosprezado os corintianos, tocando a bola de pé em
pé, embalados pelos gritos de
"olé" da torcida. "Nós não tivemos salto alto. Mas, se aparecer,
tiramos rapidinho. O que fizemos
foi jogar para vencer", disse Leão.
O atacante Robinho, sobre o
qual eram depositadas as expectativas de "espetáculo", não teve
atuação soberba, mas avaliou como positivo o seu desempenho.
A insistência com que treinou
finalizações antes do clássico permitiu que ele homenageasse o
amigo "Gordão". A jogada do gol
repetiu aquela que vem ensaiando
repetidamente nos treinos -um
chute colocado, com a parte de
dentro do pé direito, no qual a bola faz uma leve curva e impede o
goleiro de alcançá-la.
"Esse gol foi para um amigo
meu, o Gordão. Prometi a ele que,
se fizesse gol, comemoraria colocando a bola sob a camisa", disse
ele, que ao final do jogo trocou a
camisa com Rogério, em quem
aplicou a já lendária "pedalada"
na final do Brasileiro-2002.
(FS)
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