SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Após o empate por 1 a 1 com o Botafogo, anteontem à noite no RJ, na estréia no quadrangular final da Série B, o técnico do Palmeiras, Jair Picerni, já começou a focar o próximo rival, o Sport, na quarta-feira, em São Paulo.
Hoje à tarde, o treinador vai se reunir com os jogadores para evitar que a cobrança dos torcedores pela vitória em casa ou um clima de revanche diante dos pernambucanos desestabilize o time.
O Sport foi o único clube em todo o campeonato, em duelo na fase anterior a esta, que venceu o Palmeiras no Parque Antarctica.
""Em casa, o importante será administrar o lado emocional. Não podemos deixar a empolgação ou o nervosismo tomar contar da nossa equipe. Fazendo isso, o resultado virá com tranquilidade", afirmou o treinador.
Picerni não esconde a preocupação pelo desempenho irregular de sua equipe nas seis últimas partidas em casa: venceu três dos jogos, todos com dificuldades, e perdeu um, justamente para o time pernambucano (3 a 2).
Por causa das boas atuações fora do Parque Antarctica, o Palmeiras ganhou o título informal de ser o mais incômodo visitante do campeonato. Anteontem, esse bom retrospecto prevaleceu contra o Botafogo, no estádio Caio Martins, em Niterói (RJ).
Apesar da preocupação com uma possível desestabilização do Palmeiras por causa da cobrança excessiva, Picerni reconhece que o time precisa, contra o Sport, acabar com a fama de ser melhor quando joga como visitante.
""Temos que tentar conseguir fazer o dever de casa. Coisa que ainda não conseguimos fazer bem", lamentou o técnico palmeirense.
Capitão da equipe, o goleiro Marcos disse que o time tem que evitar o clima de ""já ganhou".
""Nós já nos demos mal no Parque Antarctica contra o próprio Sport. É bom ter cuidado. Hoje, jogar em casa não quer dizer mais nada", afirmou o goleiro.
""Para conseguir a vitória, vamos ter que atuar com inteligência. Naquele jogo, faltou respeito. Não podemos deixar que aquilo se repita", acrescentou Marcos, que poderá ser chamado amanhã pelo técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, para as duas próximas partidas do Brasil pelas eliminatórias da Copa de 2006, contra Peru e Uruguai.
Vários jogadores do Palmeiras, logo após o jogo com o Botafogo, se referiam à partida seguinte, contra o time pernambucano, como uma espécie de revanche.
""O Sport está engasgado na nossa garganta. Jogando em casa, vamos ter que ganhar desta vez", disse o lateral-esquerdo Lúcio.



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