São Paulo, segunda-feira, 03 de novembro de 2008

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Barrichello, 15º, reitera desejo de continuar

FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

Após terminar seu 16º GP Brasil na 15ª posição, Rubens Barrichello, 36, agora vai esperar a performance de outros brasileiros para saber se continuará na categoria na qual é recordista de provas disputadas.
"Minha situação vai ser definida em dezembro", afirmou o piloto da Honda após a corrida.
Bruno Senna, sobrinho do tricampeão mundial Ayrton (morto em 1994), e Lucas di Grassi farão teste na equipe e, segundo Barrichello, isso dará uma idéia bem clara da performance dos dois, já que o outro titular da equipe nesta temporada, Jenson Button, também entrará na pista de Barcelona.
"Se eles forem rápido o suficiente para acompanhar o Button, têm chance", falou ele.
Barrichello voltou a dizer que seria um pouco precipitado para Bruno Senna disputar o Mundial do ano que vem. "Minha recomendação seria ele ser piloto de teste antes", afirmou.
Ele citou Nelsinho Piquet e Felipe Massa como exemplos.
O filho do tricampeão mundial Nelson Piquet estreou como titular da Renault nesta temporada, sem ter sido piloto de testes, não convenceu na pista e ainda não tem vaga garantida para o Mundial-2009.
Já o atual vice-campeão estreou em 2002 pela Sauber e, em 2003, testou para a Ferrari. "O Felipe aprendeu muito comigo e com o [alemão Michael] Schumacher [heptampeão mundial]", afirmou Barrichello, que elogiou Di Grassi, piloto de testes da Renault. "Ele tem feito bons testes."
Além de testar a Honda, Bruno também concorre com Barrichello na Toro Rosso. Ele ofereceu US$ 14 milhões pela vaga, e Barrichello afirma que não haveria problema em correr atrás de patrocínio para o time.
"Isso [patrocínio] mostraria até a força de meu lado físico, já que teria que fazer mais comerciais", afirmou Barrichello, que já disse ter planos de perder pelo menos cinco quilos nos próximos meses para se adaptar melhor às regras de 2009, que exigirão um carro mais pesado.
Barrichello diz que suas duas opções oferecem chances reais de vitória no próximo ano.
"Após dois anos consecutivos horríveis [na Honda], o ano que vem será o primeiro com o [projetista] Ross Brawn efetivamente na equipe. Será uma pena se eu não puder usufruir disso, sendo que ele usufruiu da minha experiência", afirmou Barrichello. "A única razão de eu querer continuar correndo são as chances reais de vitória."
Com esses quatro pilotos em negociação, o Brasil pode no próximo Mundial de F-1 oscilar entre cinco representantes (mesmo número da Alemanha neste ano) e somente um (Massa é o único já confirmado).


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