São Paulo, terça-feira, 03 de novembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI

O Mundial de Clubes voltou


Torneio ressurge após 17 anos, testa nova fórmula e tem como representante brasileiro o Florianópolis


CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

PODE COMEMORAR : depois de 17 anos, o Mundial de Clubes está de volta e em alto estilo. Dos oito participantes, quatro são grandes times. O torneio começa hoje no Qatar com três favoritos: Florianópolis, o italiano Trentino e o russo Kazan. O polonês Belchatow não é bobo e pode aprontar.
O enigma é como os times vão se adaptar à nova regra, a "Golden Formula" (fórmula de ouro), que será testada no Mundial. A equipe que recebe o saque não pode mais atacar da rede no terceiro toque. O ataque tem que ser do fundo da quadra, atrás da linha dos três metros.
Se forem dois toques, o segundo pode ser um ataque da rede. Assim, o levantador ganha um papel mais ofensivo. Quem vai se dar bem é Lloy Ball, campeão olímpico com os EUA e estrela do Kazan. Com 2,03 m, tem uma segunda bola mortal e adora atacar. Ele vai fazer a festa.
Além do Ball, o Kazan tem outro americano de triste lembrança pra nós: o oposto Clayton Stanley, aquele que acabou com o bloqueio e a defesa do Brasil na final dos Jogos de Pequim. Pra completar, o time russo tem Alexey Verbov, um dos melhores líberos do mundo.
Ball está animado. Diz que está há quatro anos na Rússia, mas que este é o melhor time em que ele atuou no país. Ele aponta como o grande adversário no Mundial o Trentino. Ele ignora o Florianópolis, mas diz que a nova regra pode trazer surpresas.
O Trentino, campeão europeu e líder do Italiano, conta com um dos atacantes com a mão mais pesada do vôlei, o ponteiro búlgaro Matey Kaziyski. O oposto é o gigante Leandro Vissotto, 2,12 m e que fez uma bela temporada com a seleção brasileira.
A novidade do Trentino foi a contratação do levantador brasileiro Raphael, que é rápido, habilidoso e tem 1,90 m. Nas últimas temporadas, ele atuou no Valencia, na Espanha, e no Kazan, da Rússia. O time tem dois centrais da seleção italiana: Emanuele Birarelli e Andrea Sala.
Não vai ser fácil para o Florianópolis, mas a equipe tem grandes qualidades. A maior delas é a velocidade do ataque. O time tem um grande levantador, Bruno, e mais quatro jogadores da seleção: o ponteiro Thiago Alves, o líbero Mário Júnior e os centrais Lucas e Éder.
O time polonês, o Belchatow, foi convidado pela federação internacional para disputar o torneio. Ele tem cinco jogadores da seleção da Polônia, que surpreendeu todo mundo e conquistou este ano o título europeu. A equipe conta também com Stéphane Antiga, uma das estrelas da seleção da França.
Os outros times são mais fraquinhos: Corozal (Porto Rico), Zamalek (Egito), Al-Arabi (Qatar) e Payakan (Irã). Não tem mistério. No grupo A, se classificam Kazan e Trentino. No B, Florianópolis e Belchatow. Mas os brasileiros vão jogar uma semifinal com Kazan ou Trentino.

cidasan@uol.com.br


Texto Anterior: Vôlei: Mundial inicia testes com as novas regras
Próximo Texto: O que ver na TV
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.