DA REPORTAGEM LOCAL

Peça fundamental na conquista da vaga olímpica, Giovane já pode se considerar com um pé nos Jogos de Atenas. O técnico Bernardinho afirmou ontem que pretende manter o grupo campeão da Copa do Mundo unido na Grécia.
"Espero ir para a Olimpíada com esses 12 bem melhores do que estão hoje. Na verdade, temos 13 jogadores, já que o Henrique [meio-de-rede campeão mundial] também faz parte do grupo. Não há nada fechado, mas outros jogadores terão de me surpreender muito para entrarem no time", afirmou o treinador.
Para Giovane, disputar em Atenas sua quarta Olimpíada terá um significado especial. Sua mulher, Priscila, com quem se casou em julho, tem origem grega.
"Eu vou me sentir em casa", disse o jogador, que é espírita mas realizou a cerimônia de casamento segundo as tradições do país berço das Olimpíadas.
Priscila é apontada por ele e por seus companheiros de equipe como um dos fatores que levaram Giovane de volta para um posto de destaque na seleção.
"Quando estava sozinho, perdi um pouco o chão. Ela me trouxe a serenidade de que eu preciso. Além disso, estou feliz, apaixonado, tudo isso influencia", declarou ele, que havia mantido um relacionamento desde a adolescência com sua ex-mulher, Patrícia, de quem se separou em 1998.
"O que ele está vivendo na quadra é um reflexo do que acontece fora dela", afirmou Gilberto Gaertner, psicólogo da seleção.
Giovane fará em Atenas sua despedida da seleção.
"Não será por falta de vontade de representar o Brasil, mas porque, fisicamente, será complicado manter o nível atlético atual. Eu dependo muito do meu físico para jogar bem", justificou.
O jogador já faz planos para depois da Olimpíada de 2004.
Dentro das quadras, o atual ponta do Minas quer encontrar um clube em que possa jogar "por mais uns dois anos".
Fora delas, o pai de Giulia, 7, e de Gianmarco, 4, pretende ter mais um filho. (LF E ML)


Texto Anterior: Altos e baixos
Próximo Texto: Panorâmica - Automobilismo: Na estréia com F-1, Nelsinho roda e acha fácil
Índice