São Paulo, sábado, 04 de janeiro de 2003

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PAINEL FC

Incentivo fiscal
A CBF vai entrar com pedido na Ancine, órgão do Ministério da Cultura para o cinema, para incluir o filme sobre o pentacampeonato na Lei do Audiovisual. Na obra, serão mostradas cenas inéditas dos bastidores da seleção na Copa-2002.

Reforço espanhol
O filme deverá ser produzido pela Natasha, empresa de Paula Lavigne, mulher do cantor Caetano Veloso. Que por sua vez convidou o cineasta espanhol Pedro Almodovar para dirigi-lo.

Mãos vazias
Alexandre Martins e Reinaldo Pitta, empresários de Ronaldo, pediram à Nike e à AmBev para ajudar a Tradição com dinheiro para o desfile em homenagem a ao atacante. Por enquanto, não conseguiram nada. A CBF também não está disposta a desembolsar um tostão para ajudar a escola de samba carioca.

Prestação de contas
O economista Luiz Gonzaga Belluzzo anunciou ontem que gastou R$ 25 mil na campanha pela presidência do Palmeiras. O dinheiro, segundo ele, veio de doação de palmeirenses insatisfeitos com a administração Mustafá Contursi, que já dura uma década.

Barulho
A oposição palmeirense fará amanhã uma carreata nas imediações do Parque Antarctica em favor da candidatura Belluzzo. O "buzinaço" contará com apoio da uniformizada TUP, a segunda maior do clube.

Trânsito pesado
Na segunda-feira, dia da eleição, os torcedores uniformizados prometem colocar um carro de som na frente do clube, a partir das 17h. E vão "infernizar" quem escolher pela manutenção da atual diretoria.

Pau a pau
Corinthians e Grêmio estão na disputa pelo atacante Lucas, que teve sua melhor fase no Atlético-PR. O Cruzeiro, que quer se livrar do jogador, pede US$ 75 mil pelo empréstimo de seis meses. O valor corresponde a uma dívida do clube com o jogador.

Não pago
A Globo Esportes decidiu não depositar a primeira das quatro parcelas da Copa Sul-Minas na conta da associação. O vencimento acontece no próximo dia 10. A emissora alegará que, como a competição não foi incluída no calendário da CBF, o contrato perdeu objeto.

No aguardo
Presidente da liga, Fernando Miranda conta com os R$ 6,25 milhões para viabilizar a Sul-Minas. E que só se manifestará sobre o "calote" depois do dia 10.

Questão de enfoque
Miranda disse desconsiderar a decisão dos clubes paranaenses, que afirmaram em Conselho Arbitral do Estadual-03 que estão fora da Sul-Minas. "Na nossa última reunião, dia 20 de novembro, todos deram aval a mim para que o torneio fosse realizado. Se a Assembléia Geral decidir pelo contrário, acatarei."

Torneio esvaziado
Representantes da Traffic, que detém os direitos do Sul-Americano sub 20, não param de criticar o Santos. Não perdoam o time paulista pela exclusão de Robinho e Diego da lista de convocados da seleção brasileira.

Pendurar a cartola
Homem-forte do Atlético-MG e um dos maiores opositores de Ricardo Teixeira, Alexandre Kalil disse ter decidido deixar o futebol no fim de 2003. Argumento: não aguenta mais combinar uma coisa com seus colegas e vê-los mais tarde fazendo exatamente o contrário. "Cansei de tratar com canalhas."

Prioridades
Enquete feita no site do Comitê Olímpico Brasileiro revela que apenas 5% dos internautas consideram o Pan-Americano de 2003 o fato que será mais importante neste ano. Para 93%, a principal resolução será a escolha da cidade brasileira que representará o país na disputa pela Olimpíada-2012.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do técnico do Cruzeiro, Wanderley Luxemburgo, sobre a fórmula do Brasileiro:
- A Europa é a Europa, o Brasil é Brasil. Na América do Sul é totalmente diferente. Os pontos corridos valem a pena, jogar em Minas e na casa do adversário. Mas classificando tantos clubes para disputar semifinal e final, dentro da nossa cultura, da nossa realidade.

CONTRA-ATAQUE

Entalado na garganta

Quando esteve nos Estados Unidos, na década de 80, o ex-pugilista brasileiro Chiquinho de Jesus, que chegou a desafiar o cinturão dos médios-ligeiros, tentava se enturmar com os americanos.
Sempre que podia, o pugilista, por si mesmo ou com o auxílio de colegas que falavam bem a língua local, tentava manter conversações com o maior número de pessoas possível.
Era assim, tanto no ambiente do boxe (fez algumas lutas no exterior, inclusive com o futuro campeão mundial da categoria médio-ligeiro, Mathew Hilton), como nos bicos que fazia como garçom para garantir uns trocados a mais no fim do mês.
Durante uma dessas discussões, quando o assunto girava em torno das raças que integram a nação norte-americana, ele lembrou aos presentes o fato de ser negro.
A resposta de sua interlocutora o surpreendeu:
- Mas você não é negro, é brasileiro.
O pugilista ficou atônito. A solução foi fingir que não tinha entendido a provocação.


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