São Paulo, domingo, 04 de fevereiro de 2007

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Em "alçapão", Santos quer 6ª vitória

Time prega a cautela no estádio em que o Palmeiras obteve 60,4% dos pontos em 2006, mas patinou diante do Barueri

Com a ausência de Pedro, Vanderlei Luxemburgo faz mistério para revelar time, que pode deixar o 4-4-2 e voltar a usar três zagueiros

DA ENVIADA ESPECIAL A SANTOS

Um alçapão. Essa é definição do treinador do Santos, Vanderlei Luxemburgo, para o Parque Antarctica no clássico de hoje contra o Palmeiras.
Mesmo com o Santos líder, invicto, dono do melhor ataque (13 gols) e único time com 100% de aproveitamento, o comandante santista crê que a missão de hoje será a mais difícil até agora no Estadual.
"Eu conheço muito bem lá. O Palmeiras perde poucos jogos em casa", disse Luxemburgo, que já comandou a equipe alviverde em três oportunidades (1993-1994, 1995-1996 e 2002).
Contudo o desempenho palmeirense como mandante no estádio do clássico não tem sido tão arrebatador. No ano passado, o clube obteve 60,4% dos pontos que disputou, enquanto o Santos, na Vila, atingiu 87,1%.
Neste ano, o Palmeiras até cedeu ponto a visitantes no Parque Antarctica, no empate com o Barueri (1 a 1).
Mas o fator casa não é a única preocupação do time santista.
Em busca da sexta vitória seguida no torneio -a sétima na temporada-, a equipe litorânea não terá uma peça fundamental: o lateral-direito Pedro.
Autor do único gol santista na vitória do time na última quarta pela fase preliminar da Taça Libertadores, ele cumpre suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo na vitória sobre o Guaratinguetá (1 a 0).
O substituto de Pedro é um mistério. Apesar de acenar com a possibilidade de voltar ao esquema 3-5-2, o Luxemburgo preferiu deixar a dúvida no ar. Ainda mais depois de insinuar que pode fazer uma variação no time sem mudar o esquema tático, com os volantes Rodrigo Souto e Maldonado.
"O Rodrigo [Souto] pode fazer o terceiro zagueiro. Uma hora ele, uma hora o Maldonado. Quando não houver a necessidade de só um atacante enfiado entre os zagueiros, os dois podem sair e se apresentar para ficar num 4-4-2", explica, afirmando que os dois podem tornar o esquema "versátil".
Tática à parte, o meia Pedrinho vive a expectativa de enfrentar o Palmeiras pela primeira vez. O atleta defendeu o clube entre 2002 e 2005.
"Já tive essa experiência de enfrentar uma ex-equipe, que foi o Vasco. É normal. A gente espera sempre o respeito da torcida adversária", comenta Pedrinho. "Não dá para ter idéia de como será. Faz pouco mais de um ano que saí de lá e não sei como serei recebido."
Durante sua passagem pelo time do Parque Antarctica, Pedrinho viveu bons e maus momentos, afetado por lesões.
Agora ele espera reverter para o time santista o melhor desempenho que teve num clássico pelo Palmeiras, quando marcou dois gols justamente numa vitória sobre o Santos (3 a 1), em 6 de março de 2005.
Ele avalia que um dos trunfos do Santos pode ser a torcida do rival. "Se a gente deixar eles jogarem, a torcida vai junto. Mas, se não deixarmos desde o início, a gente sabe que a torcida vai fazer uma pressão muito grande [contra o Palmeiras]. Temos de tirar proveito."
E o Parque Antarctica não é desconhecido do Santos, que venceu lá, na estréia, o Barueri (2 a 1). (JULYANA TRAVAGLIA)


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