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Em "alçapão", Santos quer 6ª vitória
Time prega a cautela no estádio em que o Palmeiras obteve 60,4% dos pontos em 2006, mas patinou diante do Barueri
Com a ausência de Pedro,
Vanderlei Luxemburgo faz
mistério para revelar time,
que pode deixar o 4-4-2 e
voltar a usar três zagueiros
DA ENVIADA ESPECIAL A SANTOS
Um alçapão. Essa é definição
do treinador do Santos, Vanderlei Luxemburgo, para o Parque Antarctica no clássico de
hoje contra o Palmeiras.
Mesmo com o Santos líder,
invicto, dono do melhor ataque
(13 gols) e único time com
100% de aproveitamento, o comandante santista crê que a
missão de hoje será a mais difícil até agora no Estadual.
"Eu conheço muito bem lá. O
Palmeiras perde poucos jogos
em casa", disse Luxemburgo,
que já comandou a equipe alviverde em três oportunidades
(1993-1994, 1995-1996 e 2002).
Contudo o desempenho palmeirense como mandante no
estádio do clássico não tem sido
tão arrebatador. No ano passado, o clube obteve 60,4% dos
pontos que disputou, enquanto
o Santos, na Vila, atingiu 87,1%.
Neste ano, o Palmeiras até
cedeu ponto a visitantes no
Parque Antarctica, no empate
com o Barueri (1 a 1).
Mas o fator casa não é a única
preocupação do time santista.
Em busca da sexta vitória seguida no torneio -a sétima na
temporada-, a equipe litorânea não terá uma peça fundamental: o lateral-direito Pedro.
Autor do único gol santista
na vitória do time na última
quarta pela fase preliminar da
Taça Libertadores, ele cumpre
suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo na vitória
sobre o Guaratinguetá (1 a 0).
O substituto de Pedro é um
mistério. Apesar de acenar com
a possibilidade de voltar ao esquema 3-5-2, o Luxemburgo
preferiu deixar a dúvida no ar.
Ainda mais depois de insinuar
que pode fazer uma variação no
time sem mudar o esquema tático, com os volantes Rodrigo
Souto e Maldonado.
"O Rodrigo [Souto] pode fazer o terceiro zagueiro. Uma
hora ele, uma hora o Maldonado. Quando não houver a necessidade de só um atacante
enfiado entre os zagueiros, os
dois podem sair e se apresentar
para ficar num 4-4-2", explica,
afirmando que os dois podem
tornar o esquema "versátil".
Tática à parte, o meia Pedrinho vive a expectativa de enfrentar o Palmeiras pela primeira vez. O atleta defendeu o
clube entre 2002 e 2005.
"Já tive essa experiência de
enfrentar uma ex-equipe, que
foi o Vasco. É normal. A gente
espera sempre o respeito da
torcida adversária", comenta
Pedrinho. "Não dá para ter
idéia de como será. Faz pouco
mais de um ano que saí de lá e
não sei como serei recebido."
Durante sua passagem pelo
time do Parque Antarctica, Pedrinho viveu bons e maus momentos, afetado por lesões.
Agora ele espera reverter para o time santista o melhor desempenho que teve num clássico pelo Palmeiras, quando marcou dois gols justamente numa
vitória sobre o Santos (3 a 1),
em 6 de março de 2005.
Ele avalia que um dos trunfos
do Santos pode ser a torcida do
rival. "Se a gente deixar eles jogarem, a torcida vai junto. Mas,
se não deixarmos desde o início, a gente sabe que a torcida
vai fazer uma pressão muito
grande [contra o Palmeiras].
Temos de tirar proveito."
E o Parque Antarctica não é
desconhecido do Santos, que
venceu lá, na estréia, o Barueri
(2 a 1).
(JULYANA TRAVAGLIA)
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