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Corinthians vira plebeu onde era rei
Time, que pega Guaratinguetá, tem aproveitamento inferior até ao do São Caetano desde sua última taça no Paulista
Em crise financeira, clube
diz que futebol é "cíclico" e
tem esperança de retomar
trajetória vitoriosa com a
chegada de novo investidor
EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O gigante está encolhido. Faz
três anos, diga-se. Maior vencedor do Campeonato Paulista
em todos os tempos, o Corinthians, que hoje enfrenta o novato Guaratinguetá, fora de casa, às 16h, não consegue nem
fazer sombra ao São Caetano.
Desde sua última conquista
no Estadual, a 25ª, em 2003, o
clube do Parque São Jorge segue por uma amarga descida
que o distancia de seus principais rivais no certame e, baseado em seu percentual, o transforma em um time comum.
Para uma equipe que venceu
o Paulista ano sim, ano não entre 1995 e 2003, a fila atual parece uma eternidade. No período, os corintianos fizeram 52
jogos e perderam 17 vezes.
Número que assusta se for
considerado que a equipe alvinegra demorou, antes de sua
última taça, seis anos para sofrer esse mesmo número de
derrotas (1998-2003).
Nesse cenário desalentador,
o clube passou até pela humilhação, em 2004, de ser salvo
do rebaixamento no Estadual
por outro grande, o São Paulo.
Hoje, o time, sétimo colocado, com nove pontos, pode até
ficar fora dos dez primeiros em
caso de derrota -vem de duas
seguidas dentro do Pacaembu.
"Estamos trabalhando dentro da nossa realidade. O Corinthians passa por um momento
muito difícil. Perdemos 15 jogadores nos últimos meses e confiamos na experiência do nosso
treinador", afirma o diretor de
futebol Edvar Simões.
Somados os três últimos Estaduais, o Corinthians (55%)
tem aproveitamento de pontos
inferior até ao do São Caetano,
campeão em 2004, com 62%.
O São Paulo, que ergueu taça
em 2005, é o mais regular nessa
fase, com 78% de eficiência. O
Santos, atual detentor do título,
vem logo a seguir, com 73%.
Até o Palmeiras, que não ganha o Paulista desde 1996, tem
mais regularidade do que os corintianos nas últimas três edições, com 58% dos pontos.
"A bonança dos outros clubes
diz respeito a eles. O futebol é
cíclico", rebate Edvar Simões.
De acordo com ele, a esperança de dias melhores está nas
mãos de Renato Duprat, homem forte do futebol corintiano, que tenta atrair investimentos para o clube alvinegro.
Apenas no papel, o Corinthians ainda tem a parceria
com a MSI, que injetou mais de
R$ 150 milhões no futebol. "Esperamos que a [nova] parceria
se solidifique. Dessa forma, situações melhores virão. De outra forma, não sei o que vai
acontecer. É uma pergunta que
não cabe a mim responder",
concluiu o diretor de futebol.
Hoje a situação é dramática.
Em crise financeira, o Corinthians tem dificuldades para
honrar seus compromissos.
Tem recorrido à federação
paulista para pagar salários, como os R$ 500 mil de Leão, empréstimos, R$ 600 mil de Jean,
e ainda R$ 700 mil para Nilmar,
que tem mais uma parte a receber. Outro que aguarda o pagamento de seu empréstimo é o
volante Magrão, que pode ser o
próximo a ir embora.
NA TV - Guaratinguetá x Corinthians
Globo (para São Paulo) e Band, ao
vivo, às 16h
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