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Minoria, técnicos caseiros lutam por espaço na África
Egito e Angola, os únicos países entre os oito melhores do continente com treinadores locais, duelam hoje em Gana
Semifinais da Copa da Áfica podem ter três treinadores franceses, maioria entre os estrangeiros que dirigem as maiores seleções africanas
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um angolano, Luis Oliveira
Gonçalves, e um egípcio, Hassan Shehata, defendem a honra
dos técnicos africanos de futebol nas quartas-de-final da Copa da África, mas apenas um
deles sobreviverá hoje ao duelo
decisivo em Kumasi, Gana.
O cruzamento do mata-mata
da tradicional disputa africana
de seleções colocou frente a
frente os dois representantes
da prancheta no continente
que chegaram às quartas. Os
demais seis técnicos nessa fase
são franceses ou alemães.
Shehata teve sucesso em casa
em 2006, quando levou seu
Egito ao título. Mas agora, na
África subsaariana, é mais do
que nunca forasteiro. Caso supere Angola, uma ""zebra" hoje,
poderá integrar as semifinais
com três técnicos franceses.
Ontem, Gana, seleção de
Claude Le Roy, despachou a Nigéria do alemão Berti Vogts
com uma vitória de virada por 2
a 1. Costa do Marfim e Guiné,
ambas com treinadores franceses, jogaram mais tarde e deu a
lógica -os marfinenses de Gerard Gili superaram os guineanos de Robert Nouzaret: 5 a 0.
Hoje, além de Egito x Angola,
tem o confronto entre a Tunísia, do francês Roger Lemerre,
e os Camarões, do técnico alemão Otto Pfister -se der Tunísia, estão garantidos os três
treinadores franceses na semi.
""Nós estamos aqui para dar
alegria às pessoas de Angola e
da África. Não queremos parar
aqui, queremos alcançar as semifinais", falou Gonçalves, que
já conseguiu um feito -pela
primeira vez a Angola chegou
às quartas-de-final do torneio.
Angola deixou para trás na
fase de grupos a África do Sul,
do brasileiro Carlos Alberto
Parreira, e o Senegal do técnico
polonês Henryk Kasperczak.
Além de Angola e Egito, apenas
Sudão e Zâmbia apostaram em
técnicos caseiros nesta Copa da
África, que viu seis franceses,
três alemães, um holandês, um
polonês e um brasileiro à frente
de uma comissão técnica.
Shehata segue no comando
do Egito pelo sucesso obtido
em 2006 e porque a federação
de seu país não abre os cofres
em busca de treinadores estrangeiros como algumas seleções da chamada África Negra.
""Estamos aqui para manter
nosso título. Temos novos desafios e queremos ir o mais longe que pudermos nesse teste",
falou Shehata, que busca um
hexa continental para o Egito.
Dos 5 títulos egípcios, 3 foram conquistados com um técnico do país no comando. Na
história da Copa da África, 13
vezes a seleção campeã tinha
um técnico ""gringo" e em 12
oportunidades o treinador vitorioso era um ""caseiro". Shehata ou Gonçalves pode igualar
essa disputa neste ano.
Com agências internacionais
NA TV - Egito x Angola
ESPN Brasil, ao vivo, às 15h
NA TV - Tunísia x Camarões
ESPN, ao vivo, às 18h30
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