São Paulo, segunda-feira, 04 de fevereiro de 2008

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Minoria, técnicos caseiros lutam por espaço na África

Egito e Angola, os únicos países entre os oito melhores do continente com treinadores locais, duelam hoje em Gana

Semifinais da Copa da Áfica podem ter três treinadores franceses, maioria entre os estrangeiros que dirigem as maiores seleções africanas

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um angolano, Luis Oliveira Gonçalves, e um egípcio, Hassan Shehata, defendem a honra dos técnicos africanos de futebol nas quartas-de-final da Copa da África, mas apenas um deles sobreviverá hoje ao duelo decisivo em Kumasi, Gana.
O cruzamento do mata-mata da tradicional disputa africana de seleções colocou frente a frente os dois representantes da prancheta no continente que chegaram às quartas. Os demais seis técnicos nessa fase são franceses ou alemães.
Shehata teve sucesso em casa em 2006, quando levou seu Egito ao título. Mas agora, na África subsaariana, é mais do que nunca forasteiro. Caso supere Angola, uma ""zebra" hoje, poderá integrar as semifinais com três técnicos franceses.
Ontem, Gana, seleção de Claude Le Roy, despachou a Nigéria do alemão Berti Vogts com uma vitória de virada por 2 a 1. Costa do Marfim e Guiné, ambas com treinadores franceses, jogaram mais tarde e deu a lógica -os marfinenses de Gerard Gili superaram os guineanos de Robert Nouzaret: 5 a 0.
Hoje, além de Egito x Angola, tem o confronto entre a Tunísia, do francês Roger Lemerre, e os Camarões, do técnico alemão Otto Pfister -se der Tunísia, estão garantidos os três treinadores franceses na semi.
""Nós estamos aqui para dar alegria às pessoas de Angola e da África. Não queremos parar aqui, queremos alcançar as semifinais", falou Gonçalves, que já conseguiu um feito -pela primeira vez a Angola chegou às quartas-de-final do torneio.
Angola deixou para trás na fase de grupos a África do Sul, do brasileiro Carlos Alberto Parreira, e o Senegal do técnico polonês Henryk Kasperczak. Além de Angola e Egito, apenas Sudão e Zâmbia apostaram em técnicos caseiros nesta Copa da África, que viu seis franceses, três alemães, um holandês, um polonês e um brasileiro à frente de uma comissão técnica.
Shehata segue no comando do Egito pelo sucesso obtido em 2006 e porque a federação de seu país não abre os cofres em busca de treinadores estrangeiros como algumas seleções da chamada África Negra.
""Estamos aqui para manter nosso título. Temos novos desafios e queremos ir o mais longe que pudermos nesse teste", falou Shehata, que busca um hexa continental para o Egito.
Dos 5 títulos egípcios, 3 foram conquistados com um técnico do país no comando. Na história da Copa da África, 13 vezes a seleção campeã tinha um técnico ""gringo" e em 12 oportunidades o treinador vitorioso era um ""caseiro". Shehata ou Gonçalves pode igualar essa disputa neste ano.


Com agências internacionais


NA TV - Egito x Angola
ESPN Brasil, ao vivo, às 15h

NA TV - Tunísia x Camarões
ESPN, ao vivo, às 18h30



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