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FUTEBOL
Propostas para país receber a seleção a partir das oitavas-de-final não superam a de Ulsan
Japão oferece pouco para ter Brasil
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
O leilão começou, embora não
como a CBF esperava.
Após ter acertado com a Prefeitura de Ulsan o local para se concentrar na primeira fase do Mundial, o Brasil passou a conversar
com os japoneses à espera de uma
proposta melhor para escolher a
base a partir das oitavas-de-final.
A delegação brasileira que esteve em Tóquio no Congresso Técnico da Fifa sobre a Copa-2002,
nos últimos dias 27 e 28 de fevereiro, retorna com propostas de
três cidades japonesas.
Todas estão dispostas a receber
a seleção de Luiz Felipe Scolari a
partir de 14 de junho, quando o time tem a opção de deixar Ulsan,
mas não pensam em desembolsar
mais do que os coreanos.
As propostas serão analisadas
por Ricardo Teixeira assim que o
presidente da CBF voltar da Suíça,
onde foi participar de uma série
de reuniões da Fifa, cujo tema
principal é a situação financeira
delicada que atravessa a entidade
que dirige o futebol mundial.
Segundo a assessoria de imprensa da CBF, Teixeira retorna à
CBF em 12 de março -até lá, fica
licenciado do cargo.
Apresentadas a Américo Faria,
administrador da seleção, as propostas dos japoneses têm valores
inferiores aos que a CBF esperava.
Quando negociou com Ulsan
para ficar na primeira fase, Teixeira acertou que a prefeitura local
bancaria os gastos com hospedagem, alimentação e transporte
terrestre para a seleção. Os custos
foram orçados em US$ 250 mil.
Pela segunda fase, a Coréia ofereceu os mesmos US$ 250 mil,
mas se recusou a ceder gratuitamente um avião para levar a delegação brasileira aos locais de seus
jogos -só o primeiro, contra a
Turquia, será em Ulsan.
Do Japão, o Brasil tem propostas de Hiroshima, Shizuoka e Fukui. A primeira ofereceu US$ 250
mil, a segunda, US$ 180 mil e
transporte aéreo para os jogos a
partir das oitavas-de-final -exceto se o Brasil disputar o terceiro
lugar, o que seria na Coréia-, e a
terceira, US$ 500 mil, mas só se a
seleção ficasse a Copa toda no Japão, o que não é o caso.
E, mesmo se fosse, os US$ 500
mil representam exatamente o
que Ulsan deve gastar com o Brasil se o time ficar concentrado lá
até o final da Copa.
Embora o contrato com a CBF
esteja causando celeuma em Ulsan -o prefeito Wan Gu Shim
assinou sem autorização da Câmara Municipal-, ele deve ser
aprovado pelos vereadores.
Com isso, o Brasil seria a única
seleção a ficar de graça na Coréia.
No Japão, onde estarão pelo menos 19 equipes, 13 delas recebem
benefícios financeiros das cidades
em que se hospedarão.
Amistoso
A seleção brasileira, que chegaria a Cuiabá hoje de madrugada,
fará no período da tarde seu primeiro treino para a partida contra
a Islândia, na quinta-feira.
Luiz Felipe Scolari tem dito que
o amistoso servirá principalmente para testar os goleiros Marcos e
Rogério Ceni, que se contundiu
ontem no Morumbi, e os atacantes Washington, Marques, França
e Edílson.
No próximo dia 27, contra a Iugoslávia, em Fortaleza, ele pretende usar ""90% do time" que levará
para a Copa Coréia/Japão.
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