São Paulo, segunda-feira, 04 de março de 2002

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FUTEBOL

Propostas para país receber a seleção a partir das oitavas-de-final não superam a de Ulsan

Japão oferece pouco para ter Brasil

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O leilão começou, embora não como a CBF esperava.
Após ter acertado com a Prefeitura de Ulsan o local para se concentrar na primeira fase do Mundial, o Brasil passou a conversar com os japoneses à espera de uma proposta melhor para escolher a base a partir das oitavas-de-final.
A delegação brasileira que esteve em Tóquio no Congresso Técnico da Fifa sobre a Copa-2002, nos últimos dias 27 e 28 de fevereiro, retorna com propostas de três cidades japonesas.
Todas estão dispostas a receber a seleção de Luiz Felipe Scolari a partir de 14 de junho, quando o time tem a opção de deixar Ulsan, mas não pensam em desembolsar mais do que os coreanos.
As propostas serão analisadas por Ricardo Teixeira assim que o presidente da CBF voltar da Suíça, onde foi participar de uma série de reuniões da Fifa, cujo tema principal é a situação financeira delicada que atravessa a entidade que dirige o futebol mundial.
Segundo a assessoria de imprensa da CBF, Teixeira retorna à CBF em 12 de março -até lá, fica licenciado do cargo.
Apresentadas a Américo Faria, administrador da seleção, as propostas dos japoneses têm valores inferiores aos que a CBF esperava.
Quando negociou com Ulsan para ficar na primeira fase, Teixeira acertou que a prefeitura local bancaria os gastos com hospedagem, alimentação e transporte terrestre para a seleção. Os custos foram orçados em US$ 250 mil.
Pela segunda fase, a Coréia ofereceu os mesmos US$ 250 mil, mas se recusou a ceder gratuitamente um avião para levar a delegação brasileira aos locais de seus jogos -só o primeiro, contra a Turquia, será em Ulsan.
Do Japão, o Brasil tem propostas de Hiroshima, Shizuoka e Fukui. A primeira ofereceu US$ 250 mil, a segunda, US$ 180 mil e transporte aéreo para os jogos a partir das oitavas-de-final -exceto se o Brasil disputar o terceiro lugar, o que seria na Coréia-, e a terceira, US$ 500 mil, mas só se a seleção ficasse a Copa toda no Japão, o que não é o caso.
E, mesmo se fosse, os US$ 500 mil representam exatamente o que Ulsan deve gastar com o Brasil se o time ficar concentrado lá até o final da Copa.
Embora o contrato com a CBF esteja causando celeuma em Ulsan -o prefeito Wan Gu Shim assinou sem autorização da Câmara Municipal-, ele deve ser aprovado pelos vereadores.
Com isso, o Brasil seria a única seleção a ficar de graça na Coréia. No Japão, onde estarão pelo menos 19 equipes, 13 delas recebem benefícios financeiros das cidades em que se hospedarão.

Amistoso
A seleção brasileira, que chegaria a Cuiabá hoje de madrugada, fará no período da tarde seu primeiro treino para a partida contra a Islândia, na quinta-feira.
Luiz Felipe Scolari tem dito que o amistoso servirá principalmente para testar os goleiros Marcos e Rogério Ceni, que se contundiu ontem no Morumbi, e os atacantes Washington, Marques, França e Edílson.
No próximo dia 27, contra a Iugoslávia, em Fortaleza, ele pretende usar ""90% do time" que levará para a Copa Coréia/Japão.


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