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São Paulo, terça-feira, 04 de março de 2003

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FUTEBOL

Volante fratura a mão no treino e desfalca o time contra o Corinthians

Palmeiras não contará com a "alma" Magrão no clássico

Marcelo Alves/Futura Press
O volante Magrão chora após fraturar dois ossos da mão esquerda e deixa o treino do Palmeiras


LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Às vésperas do clássico com o rival Corinthians, o Palmeiras perde um dos símbolos da sua atual fase de recuperação da auto-estima. O volante Magrão, considerado a "alma" do time no Paulista, fraturou dois ossos do metacarpo da mão esquerda e deve estar fora dos dois jogos da semifinal, de amanhã e de sábado.
O metacarpo é a parte da mão entre o pulso e os dedos. A fratura é considerada "complicadíssima" pelo médico palmeirense Vinícius Martins, que ia operar o jogador ontem mesmo.
"A cirurgia imediata é a única chance de o Magrão estar em campo na partida de sábado", disse Martins.
Magrão se contundiu no começo do treinamento tático de ontem, na Academia, realizado sob chuva. A fratura na mão foi provocada por um choque do volante com o lateral Neném.
O jogador foi retirado imediatamente do treino e quase desmaiou nos vestiários, devido à forte dor. Constatada a gravidade da contusão, Magrão foi internado no hospital São Luís.
Segundo o médico, a esperança de a torcida palmeirense contar com Magrão no time na segunda partida contra o Corinthians está depositada em fios de aço.
"Se fôssemos só engessar a mão do jogador, ele ficaria de três a quatro semanas em recuperação. Com a cirurgia, iremos tentar fixar a fratura com fios de aço e de titânio. Se ele estiver sem dores no sábado, com uma luva de esparadrapos ele pode até tentar reunir condições para o jogo", contou Martins, que estima que a cirurgia terá duração de uma hora.
"Mas ainda assim é temeroso botar em campo um jogador com essas condições. Vai depender do Jair Picerni decidir por isso."
Magrão é o "ladrão" do time palmeirense no Campeonato Paulista. Ele apresenta uma média de 17 desarmes partidas no torneio estadual.
O jogador, que retornou para o Palmeiras para a temporada 2003 depois de uma boa performance pelo São Caetano no Brasileiro-02, é considerado o ponto de equilíbrio da equipe, nas palavras de Jair Picerni.
O treinador, sem saber da gravidade da contusão do volante, chegou a falar, em entrevista coletiva depois do treino, que o atleta iria colocar uma atadura no machucado e treinar normalmente hoje.
No vestiário, foi comunicado pelo médico Vinícius Martins da necessidade da cirurgia.
"Ele fez uma cara desanimadora e falou apenas: "Confio em vocês. É só o que me resta'", revelou Martins.
Na última sexta-feira, durante um rachão no CT do clube, Magrão já havia machucado a mesma mão esquerda, naquela vez em decorrência de um choque com o meia Adãozinho.

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