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Santos vence no sufoco em casa, e Oliveira respira
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre muito nervosismo e sustos, o Santos derrotou o Danubio
por 3 a 2 em seu segundo jogo pela Libertadores e deu tranqüilidade a Oswaldo de Oliveira.
O técnico corria risco de demissão em caso de novo tropeço no
torneio continental -perdera na
estréia para o Bolívar.
Ontem, a promessa era de um
time que ia lutar até o fim, mas logo aos 16 segundos a defesa dormiu. Após a saída de bola, González matou lançamento no peito,
deu um nó no lateral Paulo César,
tirando-o do lance, e chutou cruzado. Os uruguaios faziam 1 a 0.
O Santos partiu para a pressão
na base do talento de Robinho. O
atacante santista exibiu seu vasto
repertório de dribles diante da defesa do Danubio, mas o goleiro
Barbat apareceu bem no jogo.
Antes dos primeiros dez minutos, Deivid perdeu duas oportunidades claras de gol. O jogo parecia
ser tudo o que o Danubio queria,
com um adversário sob pressão
pela vitória. Embora chegasse
com bastante perigo, o Santos exibia muito nervosismo.
Aos 22min, a ansiedade impediu que Robinho marcasse. Ele
perdeu um gol feito quando pegou a sobra de um cruzamento da
esquerda rebatido pela zaga uruguaia e isolou a bola.
Incansável, o atacante dava
muito trabalho aos adversários.
Dois minutos depois, ele driblou
dois zagueiros pela esquerda e
chutou abafado por Barbat. A sobra ficou com Léo, que levantou
para Deivid cabecear. O goleiro
defendeu em cima da linha.
Barbat fez outro milagre em outro chute de Deivid, após boa jogada do santista. Conseguiu desviar a bola o suficiente para que
ela beijasse a trave e saísse.
Mas o milagre não resistiu aos
39min. Desta vez pela direita, Fábio Baiano cruzou na área, e Léo,
no segundo pau, pulou de peixinho. A bola ainda bateu num zagueiro antes de entrar e acalmar a
torcida, que já pedia Basílio.
Com o empate, o Santos foi
mais tranqüilo para o intervalo e
voltou ao segundo tempo mais
dono da casa. Não partia para o
ataque com tanta volúpia, mas
mostrava mais organização. Enquanto isso, o Danubio parecia
ter abdicado do contra-ataque.
Percebendo, porém, que o tempo passava e seu time necessitava
de mais poder de ataque, Oliveira
defendeu seu emprego tirando o
volante Tcheco e colocando o atacante Basílio, aos 20min.
Cinco minutos depois, o técnico
pôde respirar aliviado. Num escanteio da direita, cobrado por
Ricardinho, Ávalos desviou, e a
bola sobrou para Robinho, que
desta vez não desperdiçou, chutando no alto e decretando 2 a 1.
Festejou dando três socos no ar
em direção a Pelé, que assistia ao
jogo da tribuna do estádio.
Aos 31min, a Vila viu um lance
no mínimo cômico. Robinho ajeitou a bola com categoria para a
marca do pênalti. Só que tanto
Deivid quanto Fábio Baiano partiram para o arremate, mas ambos se chocaram e terminaram no
chão -a bola ficou com a defesa.
Mais tranqüilo, o time relaxou
aos 42min, quando Pouso cobrou
falta da intermediária e o zagueiro
brasileiro Viera acertou cabeçada
certeira no canto esquerdo de
Mauro. A missão uruguaia parecia cumprida àquela altura.
Mas dos pés de Ricardinho o
Santos chegou à vitória. O meia
lançou Basílio por trás da defesa, e
o atacante acabou derrubado na
área por Barbat. O árbitro argentino Gabriel Brazenas não hesitou.
Ricardinho cobrou o pênalti
com categoria, tirando o goleiro
do lance e garantindo os três pontos à equipe santista, que agora se
prepara para o clássico de domingo pelo Paulista, no Parque Antarctica, contra o Palmeiras.
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