São Paulo, sexta-feira, 04 de março de 2005

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Santos vence no sufoco em casa, e Oliveira respira

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre muito nervosismo e sustos, o Santos derrotou o Danubio por 3 a 2 em seu segundo jogo pela Libertadores e deu tranqüilidade a Oswaldo de Oliveira.
O técnico corria risco de demissão em caso de novo tropeço no torneio continental -perdera na estréia para o Bolívar.
Ontem, a promessa era de um time que ia lutar até o fim, mas logo aos 16 segundos a defesa dormiu. Após a saída de bola, González matou lançamento no peito, deu um nó no lateral Paulo César, tirando-o do lance, e chutou cruzado. Os uruguaios faziam 1 a 0.
O Santos partiu para a pressão na base do talento de Robinho. O atacante santista exibiu seu vasto repertório de dribles diante da defesa do Danubio, mas o goleiro Barbat apareceu bem no jogo.
Antes dos primeiros dez minutos, Deivid perdeu duas oportunidades claras de gol. O jogo parecia ser tudo o que o Danubio queria, com um adversário sob pressão pela vitória. Embora chegasse com bastante perigo, o Santos exibia muito nervosismo.
Aos 22min, a ansiedade impediu que Robinho marcasse. Ele perdeu um gol feito quando pegou a sobra de um cruzamento da esquerda rebatido pela zaga uruguaia e isolou a bola.
Incansável, o atacante dava muito trabalho aos adversários. Dois minutos depois, ele driblou dois zagueiros pela esquerda e chutou abafado por Barbat. A sobra ficou com Léo, que levantou para Deivid cabecear. O goleiro defendeu em cima da linha.
Barbat fez outro milagre em outro chute de Deivid, após boa jogada do santista. Conseguiu desviar a bola o suficiente para que ela beijasse a trave e saísse.
Mas o milagre não resistiu aos 39min. Desta vez pela direita, Fábio Baiano cruzou na área, e Léo, no segundo pau, pulou de peixinho. A bola ainda bateu num zagueiro antes de entrar e acalmar a torcida, que já pedia Basílio.
Com o empate, o Santos foi mais tranqüilo para o intervalo e voltou ao segundo tempo mais dono da casa. Não partia para o ataque com tanta volúpia, mas mostrava mais organização. Enquanto isso, o Danubio parecia ter abdicado do contra-ataque.
Percebendo, porém, que o tempo passava e seu time necessitava de mais poder de ataque, Oliveira defendeu seu emprego tirando o volante Tcheco e colocando o atacante Basílio, aos 20min.
Cinco minutos depois, o técnico pôde respirar aliviado. Num escanteio da direita, cobrado por Ricardinho, Ávalos desviou, e a bola sobrou para Robinho, que desta vez não desperdiçou, chutando no alto e decretando 2 a 1. Festejou dando três socos no ar em direção a Pelé, que assistia ao jogo da tribuna do estádio.
Aos 31min, a Vila viu um lance no mínimo cômico. Robinho ajeitou a bola com categoria para a marca do pênalti. Só que tanto Deivid quanto Fábio Baiano partiram para o arremate, mas ambos se chocaram e terminaram no chão -a bola ficou com a defesa.
Mais tranqüilo, o time relaxou aos 42min, quando Pouso cobrou falta da intermediária e o zagueiro brasileiro Viera acertou cabeçada certeira no canto esquerdo de Mauro. A missão uruguaia parecia cumprida àquela altura.
Mas dos pés de Ricardinho o Santos chegou à vitória. O meia lançou Basílio por trás da defesa, e o atacante acabou derrubado na área por Barbat. O árbitro argentino Gabriel Brazenas não hesitou.
Ricardinho cobrou o pênalti com categoria, tirando o goleiro do lance e garantindo os três pontos à equipe santista, que agora se prepara para o clássico de domingo pelo Paulista, no Parque Antarctica, contra o Palmeiras.


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