São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

JUCA KFOURI

Palmeiras maduro


Dentro de campo, o alviverde amadureceu. Fora, juntou-se aos que voltam a se ajoelhar


A AFIRMAÇÃO que faltava ao Palmeiras, pelo menos no Campeonato Estadual, aconteceu na Vila Belmiro, onde, aliás, é histórica a supremacia paulistana. O time é líder e pode sim ser campeão.
E não foi apenas porque Kleber não perdoou ao receber um passe fabuloso de Patrik. Foi também porque -apesar de ter visto Paulo Henrique Ganso, fora de ritmo e ausente, perder gol feito no primeiro tempo, e Deola fazer milagre no segundo em cabeçada de Durval- soube suportar quando o Santos pressionou e ser até mais agudo nas chances de gol, com duas bolas na trave mandadas por Marcos Assunção, uma em cada tempo.
Ainda sem a força ofensiva que Luiz Felipe Scolari quer e sem a qual o Brasileirão será um sofrimento, o Palmeiras já é uma equipe equilibrada, que está longe de encantar, mas que, não por acaso, tem a melhor defesa do Paulistinha, com apenas seis gols sofridos em 17 jogos, 0,35 gol por partida.
Se não brilha, é um time duro de roer, e ontem ganhou definitivamente a confiança que lhe permite brigar por seu 23º título estadual de igual para igual com os outros três grandes que, lembremos, estão atrás dele.
Pena que a mesma altivez não se materialize fora de campo, como se vê mais abaixo.
A Arena Barueri já merece ter sua primeira placa na parede depois do golaço de Lucas na magra vitória do São Paulo sobre o Mirassol.

PODER DELEGADO
O Corinthians acha que não, que muito ao contrário e, na qualidade de primeiro a sair do Clube dos 13, argumenta que os clubes, com quatro auditores que indicarão, terão mais controle do que tinham no Clube dos 13 sobre o "fundo de custeio" que o contrato com a Globo entrega à CBF e à emissora, como Bernardo Itri e Paulo Vinicius Coelho revelaram ontem.
Mas é evidente que os clubes retrocederam mais de 20 anos em relação ao poder que detinham, numa clara abdicação da hegemonia alcançada em 1987 com a fundação do C13. Soa até escandaloso.
E o alvinegro garante não estar preocupado com o movimento do Flamengo para continuar a ganhar mais que o líder de audiência em São Paulo.
Porque, segundo argumenta seu diretor de marketing, Luís Paulo Rosenberg, no contrato com o Corinthians há uma cláusula que estabelece paridade. "Tomara que o Flamengo arranque mais mesmo", deseja ele. A conferir.

blogdojuca@uol.com.br


Texto Anterior: Para treinador, falta "macete" ao autor do gol
Próximo Texto: Automobilismo: Piloto morre após grave acidente em Interlagos
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.