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São Paulo, domingo, 04 de maio de 2003

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PINGUE-PONGUE

Cartola torce por tempo bom para facilitar as obras

DA REPORTAGEM LOCAL

Presidente da Odepa e dono de 61 jornais, emissoras de rádio e TV no México, Mario Vázquez Ranã, 62, dirigente que está à frente dos Jogos Pan-Americanos desde 1975, admite que a competição em Santo Domingo será modesta.
Em entrevista à Folha, ele diz que não há chances de o prazo para as obras terminarem ser esticado e que torce para que o tempo ajude os trabalhadores na reta final. (EO)

Folha - Como o senhor vê o andamento das obras para o Pan?
Mario Vázquez Raña -
Os Jogos começarão no dia 1º de agosto de 2003 de qualquer jeito. Antes dessa data é necessário finalizar as instalações. Para tudo isso, contamos com apenas dois meses. Levando em conta a situação e os riscos, acertamos com o comitê organizador o dia 30 deste mês como limite máximo. Não há a mínima possibilidade de mudar o prazo. A estratégia é tentar agilizar o ritmo das construções, incrementar o número de trabalhadores e ampliar os horários [de trabalho" se necessário. Torcemos para que a natureza também nos apóie, com um clima favorável, para os trabalhos serem concluídos em tempo. Serão Jogos modestos, mas com a organização adequada e a qualidade requerida.

Folha - A decisão de diminuir os custos do Pan é um reflexo da decisão do COI de tornar a Olimpíada menos custosa?
Vázquez Ranã -
O princípio é o mesmo, mas não se pode comparar a Olimpíada com o Pan-Americano. O que acontece é que também no COI há uma maior consciência e clareza sobre como trabalhar para que os eventos, sem perder qualidade, se organizem sob uma ótica mais racional e também mais eficiente.

Folha - O Pan perdeu parte de sua importância com o fim da Guerra Fria, com países como Canadá e EUA enviando suas equipes B, e o esfriamento da luta dos norte-americanos com Cuba por medalhas. O que o senhor acha disso?
Vázquez Raña -
O Pan não perdeu qualidade após a Guerra Fria. Ao contrário, em vários esportes manteve e até aumentou sua qualidade. Os resultados em Mar del Plata e Winnipeg comprovam. A teoria de que há falta de rivalidade por causa de mudanças políticas é absurda. Ela se mantém. Os Jogos contribuíram para elevar a auto-estima do atleta, fortalecer seu espírito de luta e de vitória. Neste período, a América tem mais campeões mundiais e olímpicos do que antes.



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