São Paulo, quinta-feira, 04 de maio de 2006

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FUTEBOL

Técnico, que caíra ante o ASA de Arapiraca em 2002, sucumbe nos pênaltis com o Santos diante do mineiro Ipatinga

De novo, pequeno derruba Luxemburgo

DA REPORTAGEM LOCAL

Rei dos pontos corridos, o técnico Vanderlei Luxembugo fracassou na principal competição de mata-mata do Santos deste ano. A equipe foi eliminada da Copa do Brasil pelo Ipatinga na disputa de pênaltis.
A vaga foi decidida nas penalidades porque o jogo, em Minas Gerais, terminou empatado em 1 a 1. Foi o mesmo resultado da primeira partida, na Vila Belmiro.
Foi a segunda vez que o treinador saiu da competição, eliminado por um time pequeno na Copa do Brasil. Em 2002, o Palmeiras, sob seu comando, perdeu para o alagoano ASA de Arapiraca.
A marcação das duas equipes ditou o ritmo do jogo. O espaço reduzido no meio-de-campo levava a constantes trocas de posse de bola. Eram raras as jogadas que tinham seqüência nesse setor.
No Santos, os meias Léo Lima e Cléber Santana conduziam demais a bola, o que facilitava o combate adversário. Do outro lado, Maldonado e os zagueiros impediam os ataques mineiros.
Assim, os dois times só levavam perigo quando abriam a bola pelos lados do campo. Os quatro laterais eram peças decisivas nos ataques eventuais.
Foi em duas jogadas partindo dos extremos dos campos que Geílson teve duas chances, mas desperdiçou. E foi novamente em lance pela lateral que o Santos abriu o placar.
Aos 23min, Cléber Santana avançou pela direita e chutou forte, o que levou o goleiro Rodrigo Posso a rebater para o meio da área. Kléber apareceu livre para completar de cabeça.
O gol provocou a reação do Ipatinga, que passou a pressionar mais, embora com poucas chances. Chutes de longe e cabeçadas eram os principais recursos da equipe mineira.
Depois de três escanteios seguidos, o Ipatinga empatou o jogo. Aos 42min, Enrico fez de cabeça, superando dois zagueiros.
Após o intervalo, o time mineiro voltou com mais disposição do que os santistas -seu maior fôlego parecia fazer diferença.
Além disso, duas mudanças do técnico Ney Franco tornaram o time mais ofensivo: Gustavinho e Marcinho entraram.
Do lado santista, Luxemburgo tirou um dos três zagueiros, Ronaldo Guiaro, colocando o volante Heleno no meio. O time continuou inferior no meio-de-campo, perdendo o avanço dos laterais.
Por algumas vezes, o Ipatinga teve chances de concluir dentro da área, embora seus atacantes estivessem pressionados. Na melhor das oportunidades, Fábio Costa defendeu chute de André.
Até os 30min, o lance mais perigoso do Santos foi em cruzamento na área, em que o time quase marcou após a falha da zaga e do goleiro do clube mineiro.
Irritado em sua área técnica, Luxemburgo gritava com o time, pedindo maior troca de bola. Mas estava impotente porque já tinha feito a terceira substituição. Por conta de contusão de Luiz Alberto, teve de botar Domingos.
Aos 43min, André foi derrubado. A bola sobrou para Márcio Guerreiro, que fez o gol. Mas o juiz Heber Roberto Lopes marcou falta, ignorando a vantagem.
Com a igualdade no placar, a disputa foi para os pênaltis. Luxemburgo deixou o campo um pouco antes de Kléber cobrar o pênalti. O lateral-esquerdo foi o único dos nove jogadores que desperdiçou a cobrança, determinando a eliminação do Santos.
A próxima partida dos santistas é contra o Fortaleza, no sábado, pelo Brasileiro, torneio que lidera.


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