São Paulo, segunda-feira, 04 de maio de 2009

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Santos também "festeja", mas redenção e renovação

DA REPORTAGEM LOCAL

"O Santos foi grande e se superou no campeonato. Também temos o que comemorar."
A frase do técnico santista Vagner Mancini poderia ser apenas uma injeção de ânimo após a perda do título estadual. Mas serve como resumo para a trajetória do time alvinegro neste Campeonato Paulista.
O Santos começou a temporada com o pé esquerdo. Apesar de ter contratado dez reforços, os seguidos fracassos nas primeiras rodadas do torneio mostraram que o time caminhava mais para a zona de descenso do que para o G4.
Entretanto a virada veio. Após a demissão de Marcio Fernandes, Vagner Mancini chegou e, com fama de linha dura, promoveu uma verdadeira revolução no CT Rei Pelé.
Dois líderes do time, Fábio Costa e Fabiano Eller, foram suspensos por indisciplina.
Bolaños, Lúcio Flávio, Triguinho e Roni deixaram o time para aprimorar a forma física.
Além disso, para substituir quem estava de castigo, o treinador apostou nas pratas da casa Paulo Henrique, 19, e Neymar, 17, oriundos das categorias de base do clube.
Deu certo. Junto com Madson, os garotos se tornaram xodós da equipe alvinegra e protagonistas da mudança do estilo de jogo da equipe santista.
Em vez do jogo cadenciado e baseado em lançar bolas ao atacante Kléber Pereira, o Santos se tornou um time veloz e, principalmente, aguerrido.
A melhora, porém, não permitiu que a classificação para as semifinais do Estadual fosse fácil. A chegada ao G4 foi dramática, nos últimos minutos da última rodada, após a vitória por 3 a 2 na Ponte, em Campinas.
Nas semifinais, o time fez suas melhores apresentações no ano. Foram duas vitórias incontestáveis sobre o Palmeiras.
De azarão a finalista do campeonato, a equipe santista, porém, voltou a ter problemas. Dois fracassos seguidos trouxeram tensão à Baixada Santista: a eliminação da Copa do Brasil contra o modesto CSA e a derrota por 3 a 1 contra o Corinthians, ambas em casa.
Na última semana, Mancini foi pela primeira vez contestado pela torcida. E o presidente santista proibiu os jogadores de falarem com a imprensa.
O empate de ontem, insuficiente para o clube conseguir seu 18º título paulista, não foi comemorado. Mas a virada da equipe em dois meses, sim.
"Estou triste por não termos conseguido vencer. Mas derrubamos muitas barreiras e pulamos etapas. O Santos está mais forte", disse um resignado, mas sorridente Vagner Mancini.


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