São Paulo, quarta-feira, 04 de maio de 2011

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Foi pouco

Mesmo mais atrevido, Real Madrid sucumbe diante da superioridade do Barcelona que, com empate em 1 a 1, avança à decisão da Copa dos Campeões

RODRIGO BUENO
DE SÃO PAULO

O Real Madrid mexeu, mudou, melhorou, encarou e o máximo que conseguiu foi não perder de um dos maiores times de todos os tempos.
O Barcelona se deu ao luxo de empatar com o arquirrival ontem no Camp Nou por 1 a 1 numa partida em que mais uma vez mostrou sua superioridade. A equipe catalã, virtual campeã espanhola, vai levar sua arte a Wembley.
Na final da Copa dos Campeões, no dia 28, o Barcelona será favorito possivelmente contra o Manchester United, que deve jogar "em casa".
O quarto duelo em menos de um mês entre Barça e Real foi mais franco que o último no Santiago Bernabéu. Sem o suspenso José Mourinho no banco de reservas, o time da capital inovou com as escalações de Kaká e Higuaín.
O técnico português, tão criticado por seu defensivismo, optou por um time mais leve para enfrentar o rival após perder de 2 a 0 em casa no jogo de ida das semifinais da Copa dos Campeões.
Nos primeiros dez minutos, já se viu um Real Madrid bem mais corajoso. Chegou a ter nesse período inicial 54% de posse de bola -há mais de três anos o Barcelona fica mais tempo com a bola do que qualquer adversário.
Mas, ainda na etapa inicial, o Barça retomou seu tradicional domínio e criou as melhores oportunidades. Casillas impediu dois gols de Messi e um de David Villa, sendo o grande destaque.
Pela quarta vez seguida o clássico espanhol terminou em 0 a 0 no primeiro tempo, muito por conta da estratégia cautelosa de Mourinho.
Se o técnico português reclamou bastante da arbitragem no jogo anterior em Madri (após a contestada expulsão de Pepe, Messi marcou duas vezes), ontem ele teria mais motivo para reclamar.
Higuaín anotou um gol que foi anulado por uma duvidosa falta de Cristiano Ronaldo em Mascherano. Pouco depois, Pedro recebeu de Iniesta e tocou na saída de Casillas para fazer 1 a 0.
Com o gramado bastante molhado e um jogo aberto, alguns lances mais ríspidos surgiram de parte a parte.
Higuaín deu lugar a Adebayor, e um apagado Kaká cedeu posto no time para Özil. O Real Madrid chegou ao empate pouco depois.
Di María deu drible humilhante em Mascherano e chutou na trave direita de Valdés. No rebote, serviu o lateral esquerdo brasileiro Marcelo, que igualou o placar.
Ainda havia mais de 25 minutos de jogo, contando os acréscimos, mas o Real não teve forças para virar em cima do rival, que sabe como ninguém controlar um jogo.
Em quatro duelos, uma vitória para cada lado e dois empates. E o Barça sobrou.


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