São Paulo, domingo, 04 de junho de 2000


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Aplicação tática é arma santista para ter a vaga


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FOLHA, EM SANTOS

O Santos vai investir na aplicação tática e atacar o Palmeiras, visando garantir a vaga na decisão do Campeonato Paulista.
Como o time precisa da vitória, o técnico Giba optou por escalar jogadores com características ofensivas.
O treinador, no entanto, não vai abandonar o esquema tático que tirou o clube da crise e deu ao time uma série de sete partidas invictas -e três consecutivas sem sofrer gol- no Paulista.
"Na conversa com os jogadores, disse que, se tivermos tranquilidade, inteligência e garra, a vaga é nossa, sem nenhum menosprezo ao adversário", afirmou Giba.
Mesmo sabendo que vencer o Palmeiras e chegar a uma decisão no Campeonato Paulista significa a esperança de quebrar um tabu de 16 anos sem um título de expressão, Giba deixará no banco de reservas a experiência do zagueiro Márcio Santos, ex-jogador de seleção brasileira (foi tetracampeão mundial em 1994), e colocará em campo a juventude de Preto, 19, desta vez atuando no meio.
"O importante é que o Santos tem esquema tático definido. Mesmo com alterações na equipe, pouca coisa muda", declarou o experiente meia Valdo, que substitui Rincón -cedido à seleção da Colômbia, que hoje enfrenta a Venezuela, em Bogotá.
O lateral-esquerdo Rubens Cardoso, contratado do Guarani, também atribui ao esquema tático implantado por Giba sua ascensão na equipe santista.
"Fui criticado, pediram a minha saída do time, mas sabia que uma hora a má fase ia passar", declarou o jogador.
"O time está compactado, mais bem entrosado. Nós, da defesa, não ficamos mais desprotegidos, sobrecarregados. Posso sair ao ataque sabendo que alguém está na cobertura", acrescentou.
Mesmo tendo que marcar um dos jogadores mais perigosos do Palmeiras, o atacante Euller, Rubens Cardoso está tranquilo.
"O Euller é muito rápido, não pode ter espaço. O importante é matar a jogada no nascedouro, que é o lançamento", disse.
A virilidade que o técnico Luiz Felipe Scolari exige do seu time em jogos decisivos não assusta os jogadores santistas.
"Não podemos entrar nessa guerra que envolve Palmeiras e Corinthians. A marcação forte é natural e não pode ser considerada violência. De nossa parte, vamos entrar para jogar futebol", declarou Claudiomiro, que rechaça a fama de jogador violento.
"Não aceito esse rótulo. Isso prejudica, pois o árbitro já entra em campo premeditado", disse o jogador, que na partida de hoje atuará novamente improvisado como zagueiro.
O jogador ocupará a vaga que era de Galván, que torceu o joelho no primeiro jogo semifinal contra o Palmeiras e está fora do Paulista.
Outro desfalque será o goleiro Carlos Germano, que foi convocado para a seleção. Ele será substituído por Fábio Costa, que tem feito boas atuações.


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