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Aplicação tática é arma santista para ter a vaga
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA
FOLHA, EM SANTOS
O Santos vai investir na aplicação tática e atacar o Palmeiras, visando garantir a vaga na decisão
do Campeonato Paulista.
Como o time precisa da vitória,
o técnico Giba optou por escalar
jogadores com características
ofensivas.
O treinador, no entanto, não vai
abandonar o esquema tático que
tirou o clube da crise e deu ao time
uma série de sete partidas invictas
-e três consecutivas sem sofrer
gol- no Paulista.
"Na conversa com os jogadores,
disse que, se tivermos tranquilidade, inteligência e garra, a vaga é
nossa, sem nenhum menosprezo
ao adversário", afirmou Giba.
Mesmo sabendo que vencer o
Palmeiras e chegar a uma decisão
no Campeonato Paulista significa
a esperança de quebrar um tabu
de 16 anos sem um título de expressão, Giba deixará no banco de
reservas a experiência do zagueiro
Márcio Santos, ex-jogador de seleção brasileira (foi tetracampeão
mundial em 1994), e colocará em
campo a juventude de Preto, 19,
desta vez atuando no meio.
"O importante é que o Santos
tem esquema tático definido.
Mesmo com alterações na equipe,
pouca coisa muda", declarou o
experiente meia Valdo, que substitui Rincón -cedido à seleção da
Colômbia, que hoje enfrenta a Venezuela, em Bogotá.
O lateral-esquerdo Rubens Cardoso, contratado do Guarani,
também atribui ao esquema tático implantado por Giba sua ascensão na equipe santista.
"Fui criticado, pediram a minha
saída do time, mas sabia que uma
hora a má fase ia passar", declarou o jogador.
"O time está compactado, mais
bem entrosado. Nós, da defesa,
não ficamos mais desprotegidos,
sobrecarregados. Posso sair ao
ataque sabendo que alguém está
na cobertura", acrescentou.
Mesmo tendo que marcar um
dos jogadores mais perigosos do
Palmeiras, o atacante Euller, Rubens Cardoso está tranquilo.
"O Euller é muito rápido, não
pode ter espaço. O importante é
matar a jogada no nascedouro,
que é o lançamento", disse.
A virilidade que o técnico Luiz
Felipe Scolari exige do seu time
em jogos decisivos não assusta os
jogadores santistas.
"Não podemos entrar nessa
guerra que envolve Palmeiras e
Corinthians. A marcação forte é
natural e não pode ser considerada violência. De nossa parte, vamos entrar para jogar futebol",
declarou Claudiomiro, que rechaça a fama de jogador violento.
"Não aceito esse rótulo. Isso
prejudica, pois o árbitro já entra
em campo premeditado", disse o
jogador, que na partida de hoje
atuará novamente improvisado
como zagueiro.
O jogador ocupará a vaga que
era de Galván, que torceu o joelho
no primeiro jogo semifinal contra
o Palmeiras e está fora do Paulista.
Outro desfalque será o goleiro
Carlos Germano, que foi convocado para a seleção. Ele será substituído por Fábio Costa, que tem
feito boas atuações.
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