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F-1
Ferrarista quer marcar, pela 42ª vez em sua carreira, a volta mais rápida e se tornar recordista na história da categoria
Schumacher, pole, corre atrás de recorde
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MÔNACO
Em uma só volta, o alemão Michael Schumacher chegou ontem
a duas proezas. Obteve a pole position para o GP de Mônaco e isolou-se na condição de piloto que
mais vezes largou do primeiro
posto do grid na atual F-1.
De quebra, viu seu maior concorrente pelo título se dar mal. O
finlandês Mika Hakkinen, da
McLaren, foi atrapalhado por acidentes em duas das suas três tentativas de marcar tempo e larga
apenas na quinta posição.
Com uma surpresa ao seu lado
do grid, o italiano Jarno Trulli, da
Jordan, Schumacher tem ainda
mais possibilidades de conquistar
hoje, além da vitória, um recorde
histórico.
O GP de Mônaco, sétima etapa
da temporada, começa às 9h (de
Brasília), com TV.
Caso marque a volta mais rápida da corrida, o alemão chegará a
42 e se tornará o recordista absoluto de todos os 50 anos da F-1.
Com 41, hoje ele está empatado
com o tetracampeão Alain Prost.
Será o primeiro recorde em números absolutos conquistado por
Schumacher desde a sua estréia
na categoria, há nove anos.
Se cravar a volta mais rápida hoje, o ferrarista finalmente, depois
de dois títulos mundiais, se tornará um dos melhores da história,
também nas estatísticas.
A marca é apenas a primeira de
uma série que está para ser alcançada por Schumacher em um futuro próximo.
Ele está, por exemplo, a 13 vitórias de se tornar o maior vencedor
da F-1 -pelas suas próprias contas, isso deve acontecer no ano
que vem.
Em 2001, Schumacher pode se
tornar também o piloto que mais
voltas liderou (está com 2.231,
contra 2.987 do recordista Ayrton
Senna) e que mais pontos conquistou (tem 616, diferença de
173,5 para Prost, líder no item).
Entre os pilotos em atividade, a
supremacia de Schumacher é ainda mais evidente. O único que
chega a concorrer com ele em alguns quesitos é Hakkinen.
Até ontem de manhã ambos estavam empatados em pole positions, com 24 para cada lado.
Ao marcar 1min19s475, faltando oito minutos para o fim do
treino oficial, o piloto alemão passou à frente.
Schumacher não conseguia esconder a satisfação, ontem, com o
resultado da sessão. Ao deixar o
carro, vibrou muito, abraçado aos
mecânicos da Ferrari.
"Foi uma sessão quase perfeita.
O único problema é que meu carro ainda estava saindo um pouco
de traseira, o que pode ter me custado um ou dois décimos de segundo", afirmou.
"Estar na pole em Mônaco, com
o Mika (Hakkinen) em quinto lugar, é uma boa situação para um
início de corrida."
Durante toda a semana, Schumacher veio destacando a importância de largar na frente em Mônaco. O único circuito de rua do
calendário é, também, o mais difícil de conseguir ultrapassagens.
"Apesar de saber das minhas
chances, preciso conter a euforia.
A corrida é longa e tudo pode
acontecer. Já vimos pilotos vencerem aqui mesmo largando lá de
trás", completou o alemão.
Anteontem, tradicional dia de
folga par a F-1 em Mônaco, Schumacher viajou de helicóptero do
principado até Fiorano, o circuito
particular de testes da Ferrari.
Lá, percorreu 42 km, mas preocupou-se principalmente em treinar largadas. "Um bom início de
corrida será vital. A pole em si não
é tão importante. O que vale mesmo é estar na primeira fila."
Companheiro de Schumacher,
Rubens Barrichello larga em sexto, sua pior posição no grid pela
Ferrari (leia texto abaixo).
Trulli, que obteve a melhor posição de largada da sua vida, disse
que não imaginava, antes do treino, que poderia estar ao lado de
Schumacher no grid.
"Tenho que confessar que estou
um pouco surpreso sim", declarou, ao ser indagado pelos repórteres que o cercaram ainda no pit
lane. "Sofri muito no treino de
quinta-feira. Eu preciso dedicar
essa colocação à toda a equipe,
que fez um excelente trabalho para melhorar o carro."
Contrastando com a alegria dos
pilotos que largam à frente, Hakkinen, de cara fechada, não se
conformava com os acidentes de
Gaston Mazzacane e Marc Gené,
bem quando ele abria suas voltas.
"É óbvio que não estou onde eu
queria. Parecia que era só eu sair
na pista que alguém batia. Mas
amanhã (hoje) é outro dia."
NA TV - GP de Mônaco, Globo,
ao vivo, às 9h (de Brasília)
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